terça-feira, 25 de novembro de 2008

Ciclo de Debates sobre Asma em Pediatria

Módulo 1 - Da Criança Sibilante ao Diagnóstico de asma
Módulo 2 - Classificação da Gravidade e Tratamento de Manutenção
Módulo 3 - A abordagem da Criança em Crise de Asma

Aconteceu em 2008...

Foi minha estréia como professora do Telessaúde UERJ.

E vai voltar em 2009! Mas vai ter muito mais coisa nova!

Para saber mais sobre o Telessaúde UERJ visite o site.

domingo, 28 de setembro de 2008

Internato Rural recebe treinamento em telessaúde na UFMG

Publicado em Tecnologia
24 de setembro de 2008

Os alunos do 11º período de Medicina que participarão a partir de
outubro do Internato em Saúde Coletiva, o Internato Rural, foram
apresentados nessa terça-feira (23), às ferramentas de telessaúde.

Por meio da tecnologia apresentada, a distância fica menor entre alunos
e professores. Ela pode ser importante aliada na orientação do aluno que
se encontra fora de sua unidade acadêmica e ainda agiliza uma segunda
opinião de um especialista, quando necessário.

Cada município do Internato Rural está equipado com computadores,
câmeras fotográficas e de vídeo (webcam). São três os programas
utilizados: de gestão de teleconsultorias, o Sametime/Adobe Conect e o
Wincardio.

Este último é o único que para funcionar necessita de um aparelho de
eletrocardiograma fisicamente conectado. O primeiro programa é para as
consultorias on line e off line. O segundo, para educação - permanente
webconferências, e o terceiro, para o ECG digital e laudo on line.

Para dar as boas-vindas aos alunos no treinamento, o professor Humberto
José Alves, coordenador do Centro de Informática Médica da Faculdade de
Medicina, membro do Núcleo de Telessaúde da Unidade, falou sobre a
importância do Internato Rural. “O Internato Rural é uma ferramenta que
veio para ficar, não só no Brasil, mas no mundo todo. E tem em vista
contribuir com o contato do supervisor com o estudante”, afirmou.

Para a estudante Maíra Donato Andrade, que irá para o Internato, em
breve, ele constitui a oportunidade de experiência única, capaz de dar
maior segurança ao futuro profissional. “Com isto teremos mais autonomia
e segurança para atuarmos próximos da população”, conclui.

Redação: Mariamma Fonseca – Estudante de Jornalismo
Assessoria de Comunicação Social da Faculdade de Medicina da UFMG
jornalismo@medicina.ufmg.br - (31) 3409 9651

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Os 10 mandamentos do aluno de Educação Online

1. Acesso à Internet: ter endereço eletrônico e acesso satisfatório a internet é pré-requisito para a participação nos cursos a distância.

2. Habilidade e disposição para operar programas: ter conhecimentos básicos de Informática é necessário para poder executar as tarefas.

3. Vontade para aprender colaborativamente: interagir, ser participativo no ensino a distância conta muitos pontos, pois irá colaborar para o processo ensino-aprendizagem pessoal, dos colegas e dos professores.

4. Comportamentos compatíveis com a netiqueta: mostrar-se interessado em conhecer seus colegas de turma é muito importante e interessante para todos.

5. Organização pessoal: planejar e organizar tudo é fundamental para facilitar a sua revisão e a sua recuperação de materiais.

6. Vontade para realizar as coisas no tempo correto: anotar todas as suas obrigações e realizá-las em tempo real.

7. Curiosidade e abertura para inovações: aceitar novas idéias e inovar sempre.

8. Flexibilidade e adaptação

9. Objetividade em sua comunicação: comunicar-se de forma clara, breve e transparente é ponto - chave na comunicação pela Internet.

10. Responsabilidade: Ser responsável por seu próprio aprendizado.



Fonte: http://www.moodlebrasil.net/moodle/

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

A cola nas provas agora é liberada!

Para evitar cola, escola na Austrália libera internet e iPod em provas

Uma escola de Sydney, na Austrália, resolveu abolir a cola nas provas, permitindo que os alunos buscassem informações durante os exames, por meio da internet, iPod ou telefones celulares. A idéia é preparar os alunos para a "vida real", em que eles poderão consultar diversas fontes de informação.
A Presbyterian Ladies' College está testando o modelo nas aulas de inglês, mas planeja utilizá-lo em outras matérias. Nas provas, os alunos podem usar a internet, ouvir podcasts em tocadores de MP3 ou ligar para um amigo ou parente pelo celular para tirar dúvidas sobre o conteúdo.
"No mercado de trabalho, eles não vão precisar uma quantidade enorme de informação na cabeça. O que eles precisam saber é acessar a informação de todas as suas fontes de maneira rápida e verificar a confiabilidade da informação", afirma a professora Dierdre Coleman, que coordena o projeto, ao jornal "Sydney Morning Herald".
Entretanto, não basta apenas copiar a informação. Nos exames, os alunos têm de citar as fontes dos dados, ou podem ser punidos por plágio.

Fonte: Publicidade da Folha Online, publicada em 21/08/2008 - 17h50

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Ministério lança ação de combate à tuberculose - 14/07/2008

Ministério lança ação de combate à tuberculose - 14/07/2008
Objetivo é promover o diagnóstico precoce e, com isso, garantir tratamento adequado e eficaz para a doença, que mata cinco mil pessoas por ano no Brasil
O Ministério da Saúde (MS) deu início ontem (13) à Campanha de Combate à Tuberculose. A ação incentivará o diagnóstico precoce e o tratamento adequado, garantindo seu tratamento até a cura. A campanha educativa está em sintonia com o Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT), do ministério, que promove a contenção da doença no Brasil. Dentre os objetivos estão reduzir o abandono do tratamento para menos de 5%, detectar 70% dos casos estimados, curar 85% dos casos notificados, expandir a cobertura do tratamento supervisionado para os municípios prioritários, oferecer teste anti-HIV para 100% dos adultos com a tuberculose.
Para a campanha, que será veiculada até 26 de julho, o Ministério da Saúde produziu 300 mil cartazes e dois milhões de folders, além de divulgação em rádio e televisão em todo o país.
Toda a população brasileira tem direito ao diagnóstico e tratamento gratuitos no Sistema Único de Saúde (SUS). No Brasil, estimativas apontam que mais de 60 milhões de pessoas estejam infectadas pelo bacilo da tuberculose. Em 2005, foram registrados 80.603 casos novos da enfermidade que registra, em média, cinco mil óbitos por ano.
No Brasil e em outros 21 países em desenvolvimento, a tuberculose é um grande problema de saúde pública. Nesses países, encontram-se 80% dos casos mundiais da doença. Todos os anos são registrados mundialmente cerca de oito milhões de novos casos, com quase dois milhões de óbitos.
Cerca de um terço da população mundial está infectada com o Mycobacterium tuberculosis, com o risco de desenvolver a enfermidade. A tuberculose é uma doença associada às más condições de vida da população ou a outras condições de imunodeficiência, como é o caso da aids, com muitos casos identificados entre os mais pobres e os que estão à margem da sociedade como moradores de favelas, população de rua e carcerária.
PERSISTÊNCIA - O grande desafio de se combater a doença é levar o tratamento adiante. Ele é eficaz e não é difícil, mas exige um grau de persistência que muitos não têm ¿ o que justifica o abandono, uma das principais causas do fracasso no controle da tuberculose. Caso o tratamento seja abandonado antes do prazo, o bacilo desenvolve resistência à medicação e cria-se uma super bactéria.
É importante destacar que, ao iniciar o tratamento, em aproximadamente um mês, alguns pacientes já se sentem melhor e não sofrem mais com os sintomas da doença. A maioria dos casos de contágio ocorre em pacientes do sexo masculino e em idade produtiva, prejudicando ainda mais as condições de vida das famílias carentes, grandes vítimas da tuberculose.
Tuberculose no mundo
1/3 da população mundial está infectada pelo bacilo da tuberculose (100 milhões por ano)
9,2 milhões de doentes a cada ano (25 mil por dia), 700 mil co-infectados pelo HIV
1,7 milhão de mortes por ano (200 mil por tuberculose/HIV)
Uma morte a cada 15 segundos
Estima-se em aproximadamente 500 mil os casos de multidroga resistente (MDR) por ano, em 114 países de todos os continentes
80% dos casos em 22 países (o Brasil está em 16º nesse ranking)

Tuberculose no Brasil
80 mil casos notificados por ano
5 mil óbitos por ano
70% dos casos estão em 315 dos 5.570 municípios brasileiros
9ª causa de internações por doenças infecciosas
7ª causa em gastos com internação no SUS por doenças infecciosas
4ª causa de mortes por doenças infecciosas
Tendência de declínio

SAIBA MAIS

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Sala de aula do futuro

Para quem nasceu em 1968, foi adolescente na década de 80, parece que MUITOS anos se passaram quando avaliamos a evolução tecnológica. Parece inacreditável que escutei vitrolinha portátil, vivi a chegada da televisão colorida... E agora, fala-se nesta sala de aula do futuro. Parece coisa dos Jetsons!!!!

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Pós-graduação à distância (SENAC)

Tecnologias na Aprendizagem
SENAC anuncia curso de pós-graduação lato sensu que visa preparar profissionais que atuam ou que desejam atuar na gestão e mediação de projetos educacionais em espaços formais, informais, não-formais, integrando o uso das tecnologias da informação e da comunicação aos processos de ensino e aprendizagem. Haverá 3 encontros presenciais (SP), aos sábados. O restante será à distância. Clique no link acima para mais informações.

domingo, 29 de junho de 2008


Uma mensagem para começar a semana...
Se clicar sobre a imagem, ela ficará maior e a leitura será mais fácil.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Para refletir... Sobre a Morte



Sobre a morte e o morrer
Rubem Alves

O que é vida? Mais precisamente, o que é a vida de um ser humano? O que e quem a define?
Já tive medo da morte. Hoje não tenho mais. O que sinto é uma enorme tristeza. Concordo com Mário Quintana: "Morrer, que me importa? (...) O diabo é deixar de viver." A vida é tão boa! Não quero ir embora...Eram 6h. Minha filha me acordou. Ela tinha três anos. Fez-me então a pergunta que eu nunca imaginara: "Papai, quando você morrer, você vai sentir saudades?". Emudeci. Não sabia o que dizer. Ela entendeu e veio em meu socorro: "Não chore, que eu vou te abraçar..." Ela, menina de três anos, sabia que a morte é onde mora a saudade.Cecília Meireles sentia algo parecido: "E eu fico a imaginar se depois de muito navegar a algum lugar enfim se chega... O que será, talvez, até mais triste. Nem barcas, nem gaivotas. Apenas sobre humanas companhias... Com que tristeza o horizonte avisto, aproximado e sem recurso. Que pena a vida ser só isto...” Da. Clara era uma velhinha de 95 anos, lá em Minas. Vivia uma religiosidade mansa, sem culpas ou medos. Na cama, cega, a filha lhe lia a Bíblia. De repente, ela fez um gesto, interrompendo a leitura. O que ela tinha a dizer era infinitamente mais importante. "Minha filha, sei que minha hora está chegando... Mas, que pena! A vida é tão boa...” Mas tenho muito medo do morrer. O morrer pode vir acompanhado de dores, humilhações, aparelhos e tubos enfiados no meu corpo, contra a minha vontade, sem que eu nada possa fazer, porque já não sou mais dono de mim mesmo; solidão, ninguém tem coragem ou palavras para, de mãos dadas comigo, falar sobre a minha morte, medo de que a passagem seja demorada. Bom seria se, depois de anunciada, ela acontecesse de forma mansa e sem dores, longe dos hospitais, em meio às pessoas que se ama, em meio a visões de beleza.Mas a medicina não entende. Um amigo contou-me dos últimos dias do seu pai, já bem velho. As dores eram terríveis. Era-lhe insuportável a visão do sofrimento do pai. Dirigiu-se, então, ao médico: "O senhor não poderia aumentar a dose dos analgésicos, para que meu pai não sofra?". O médico olhou-o com olhar severo e disse: "O senhor está sugerindo que eu pratique a eutanásia?".Há dores que fazem sentido, como as dores do parto: uma vida nova está nascendo. Mas há dores que não fazem sentido nenhum. Seu velho pai morreu sofrendo uma dor inútil. Qual foi o ganho humano? Que eu saiba, apenas a consciência apaziguada do médico, que dormiu em paz por haver feito aquilo que o costume mandava; costume a que freqüentemente se dá o nome de ética.Um outro velhinho querido, 92 anos, cego, surdo, todos os esfíncteres sem controle, numa cama -de repente um acontecimento feliz! O coração parou. Ah, com certeza fora o seu anjo da guarda, que assim punha um fim à sua miséria! Mas o médico, movido pelos automatismos costumeiros, apressou-se a cumprir seu dever: debruçou-se sobre o velhinho e o fez respirar de novo. Sofreu inutilmente por mais dois dias antes de tocar de novo o acorde final.Dir-me-ão que é dever dos médicos fazer todo o possível para que a vida continue. Eu também, da minha forma, luto pela vida. A literatura tem o poder de ressuscitar os mortos. Aprendi com Albert Schweitzer que a "reverência pela vida" é o supremo princípio ético do amor. Mas o que é vida? Mais precisamente, o que é a vida de um ser humano? O que e quem a define? O coração que continua a bater num corpo aparentemente morto? Ou serão os ziguezagues nos vídeos dos monitores, que indicam a presença de ondas cerebrais?Confesso que, na minha experiência de ser humano, nunca me encontrei com a vida sob a forma de batidas de coração ou ondas cerebrais. A vida humana não se define biologicamente. Permanecemos humanos enquanto existe em nós a esperança da beleza e da alegria. Morta a possibilidade de sentir alegria ou gozar a beleza, o corpo se transforma numa casca de cigarra vazia.Muitos dos chamados "recursos heróicos" para manter vivo um paciente são, do meu ponto de vista, uma violência ao princípio da "reverência pela vida". Porque, se os médicos dessem ouvidos ao pedido que a vida está fazendo, eles a ouviriam dizer: "Liberta-me".Comovi-me com o drama do jovem francês Vincent Humbert, de 22 anos, há três anos cego, surdo, mudo, tetraplégico, vítima de um acidente automobilístico. Comunicava-se por meio do único dedo que podia movimentar. E foi assim que escreveu um livro em que dizia: "Morri em 24 de setembro de 2000. Desde aquele dia, eu não vivo. Fazem-me viver. Para quem, para que, eu não sei...". Implorava que lhe dessem o direito de morrer. Como as autoridades, movidas pelo costume e pelas leis, se recusassem, sua mãe realizou seu desejo. A morte o libertou do sofrimento.Dizem as escrituras sagradas: "Para tudo há o seu tempo. Há tempo para nascer e tempo para morrer". A morte e a vida não são contrárias. São irmãs. A "reverência pela vida" exige que sejamos sábios para permitir que a morte chegue quando a vida deseja ir. Cheguei a sugerir uma nova especialidade médica, simétrica à obstetrícia: a "morienterapia", o cuidado com os que estão morrendo. A missão da morienterapia seria cuidar da vida que se prepara para partir. Cuidar para que ela seja mansa, sem dores e cercada de amigos, longe de UTIs. Já encontrei a padroeira para essa nova especialidade: a "Pietà" de Michelangelo, com o Cristo morto nos seus braços. Nos braços daquela mãe o morrer deixa de causar medo.
Texto publicado no jornal “Folha de São Paulo”, Caderno “Sinapse” do dia 12/10/03. fls 3.
Rubem Alves: tudo sobre o autor e sua obra em "Biografias".Visitem "A casa de Rubem Alves".

Universidade Aberta do SUS


Governo lança Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde (SUS). Veja mais, no site do Ministério da Saúde.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Tecnologias ou metodologias?

Fonte: YouTube

Educação Médica

Anamnese e exame físico completos são fundamentais para uma boa consulta?
Deixe sua opinião.
Leitura sugerida (basta clicar no título): MITOS DO ENSINO MÉDICO

Tecnologias e professores

Cláudio Ulysses Ferreira Coelho e Cristina Haguenauer são autores de um texto que eu li, muito enriquecedor para quem quer discutir o papel das tecnologias na educação. O título é AS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E SUA INFLUÊNCIA NA MUDANÇA DO PERFIL E DA POSTURA DO PROFESSOR. Se quiser acessá-lo basta clicar neste título. Seu comentário aqui será bem-vindo!

domingo, 1 de junho de 2008

Por que aprender novas tecnologias?

Fonte: YouTube

APRENDIZAGEM INOVADORA E TUTORIA EM EAD

O mundo atual é muito dinâmico e conectado. A informação está disponível para todos, desde que tenham acesso a diferentes meios de comunicação e que se interessem por ela. O conhecimento requer curiosidade e interação com a informação. Esta interação se caracteriza por recebimento da informação, análise/reflexão e processamento de uma conclusão e/ou a construção de novos questionamentos. Estes por sua vez, impulsionam uma cadeia de troca de conhecimentos desde que devolvidos aos meios de comunicação para realimentar esta cadeia.
A aprendizagem, para ser inovadora, requer percepção deste contexto. A informação não se esgota em si mesma. Não há motivação se não percebemos sentido em conhecer algo sobre um assunto; se aquilo não parece ter aplicabilidade.
Então, a primeira sugestão seria a de nos prepararmos para a educação na era planetária, globalizada. Segundo, descobrir “problemas” sobre temas que pretendemos abordar. Estes motivarão as pessoas à busca daquelas informações e facilitarão os questionamentos e as discussões. Terceiro, não tentar esgotar o tema... Construir o conhecimento coletivamente, colaborativamente, e de acordo com o interesse do grupo, sem, no entanto, fugir dos objetivos principais do trabalho proposto.
Para isto, o tutor em EAD deve ser sensível para perceber o seu público-alvo, ter amplo conhecimento do conteúdo a ser trabalhado, conhecer os recursos tecnológicos que pretende usar e, se possível, trabalhar em equipe multiprofissional. Apesar desta “bagagem” necessária, deve ser capaz de se “despir” de suas certezas para poder perceber o conhecimento e o interesse de cada um e do coletivo. Estar preparado para aceitar a todos como “legítimos outros”. Saber articular as trocas de informações, sintetizar os dados trabalhados e estar preparado para aprender com seu grupo também. E, ainda, estar preparado para lidar com o inesperado, improvisar... Não só com relação a possíveis panes tecnológicas, mas também com o rumo das discussões. Para tudo isto, a capacidade de organização e a disciplina são características primordiais do tutor.
Na construção das disciplinas, o grande desafio é aprender a criar novas oportunidades de aprendizagem usando os recursos tecnológicos ao favor de todos. E evitar utilizar os novos recursos para reproduzir modelos de disciplinas baseados em metodologia de transmissão, com alunos passivos receptores de informações. O tutor deve interagir com todo o grupo e perceber o desempenho de cada um dos alunos, para poder motivar os que necessitarem e nivelá-los ao grupo, favorecendo a inclusão na turma e evitando a evasão. Precisa valorizar e dar retorno quanto à participação de cada um. Deve ter cuidado com as formas de comunicação. Através da escrita, usada na maioria das vezes, a comunicação é diferente da comunicação presencial, que é auxiliada pela entonação da voz, pela expressão corporal entre outros recursos. E, às vezes, a comunicação utilizada pode gerar conflitos inesperados, que devem ser prontamente percebidos e corrigidos.
A avaliação também deve ser cuidadosamente trabalhada. Preferencialmente processual e aferindo diferentes conhecimentos e habilidades... Para que, de fato, possa ser claramente construtiva e facilitadora do progresso de cada um e do grupo. Deve servir para cuidar da aprendizagem.
Enfim, o tutor deve, permanentemente, saber cuidar de tudo e de todos.

Educação e Vida

Fonte: youtube

REFLEXÃO BASEADA NO TEXTO DE PIERRE LEVY: EDUCAÇÃO E CYBERCULTURA, A NOVA RELAÇÃO COM O SABER

A evolução planetária das últimas décadas teve algumas conseqüências inquestionáveis. No campo do conhecimento, as informações tornaram-se mais democráticas. Qualquer pessoa pode aprender o que quiser; basta se interessar por um assunto. Os espaços de aprendizagem são todos aqueles em que há seres pensantes e interações. Não há mais "espaços únicos de aprendizagem", como poderiam ser consideradas por alguns as instituições formais de ensino em tempos remotos. Além disso, todos pensam, todos questionam... Um dos únicos divisores da democracia do conhecimento é o analfabetismo. Desde que conheçam a linguagem, as pessoas podem chegar às informações por caminhos diversos.
E não há mais um "dono" do conhecimento. Todos podem ter idéias e são capazes de processá-las e fazer questionamentos. Na medicina, por exemplo, pais de crianças com determinadas doenças, mesmo os de classe sócio-econômica menos favorecida e sem computadores em casa, procuram o médico com impressos sobre os problemas de seus filhos, questionando diagnósticos e programas de investigação e de tratamento. As pessoas são cada vez menos passivas no campo do pensamento e sabem selecionar o que serve e o que não serve para elas aprenderem. O conhecimento tem que ter utilidade. Como diz Rubem Alves(1): “o corpo humano é sábio.(...) E ele, seguindo critérios de controle de qualidade, só aprende dois tipos de conteúdo. Primeiro, aqueles que dão prazer: o fruto desejável. Segundo, o meio para se chegar ao objeto de prazer: a vara para se apanhar o fruto”.
A forma de aprender as coisas também mudou muito. Com relação às tecnologias, por exemplo, geralmente nem damos conta de como aprendemos e nos adaptamos nas duas últimas décadas. Basta lembrarmos como eram os aparelhos eletrônicos e os eletrodomésticos na década de 80 e como são os de hoje. Quanto mais funções digitais melhor. E sem controle remoto, não serve. Agora, há ainda maior atração pelas coisas que oferecem a possibilidade de interatividade. Até na transmissão de um jogo de futebol pela televisão, o tempo todo aparecem perguntas feitas por espectadores. Enfim, mesmo sem querer, aprendemos diferente nos mundos de hoje. E, diante desta avalanche de informações, fazemos filtragens, seleções... a vida nos obriga a exercitar o senso crítico. Além disso, cada vez mais pessoas buscam informações, em todos os níveis de conhecimento. E a vida atribulada faz com que o tempo utilizado e o gasto com a busca de informação tenham que ser cada vez menores.
Então, as necessidades básicas da educação à distância não são diferentes das de qualquer outra forma de educação no mundo contemporâneo. Como argumenta Edgar Morin (2), temos que estar prontos para “educar para a era planetária”. E ele sistematiza as reformas necessárias em três campos: uma reforma do modo de conhecimento, um reforma do pensamento, uma reforma do ensino.
A educação à distância (EAD), diante destas necessidades, parece muito promissora. Nela, não há um currículo "prescrito". O conhecimento de todos importa. E vai sendo enriquecido através da rede, da interação com colegas e com especialistas de qualquer campo nos quais os usuários estejam interessados. As tecnologias podem ser fáceis de aprender e seu emprego adequado torna a aprendizagem e o ensino mais ricos e eficazes. As redes oferecem a alunos e professores o acesso a idéias, perspectivas, culturas e informações novas enriquecem os recursos locais. A colaboração de cada um no grupo permite múltiplas perspectivas sobre um mesmo tema. A comunicação entre culturas diversas e o entendimento global também são facilitados(3).
O tutor em EAD tem que entender o contexto no qual está inserido. Deve ser um facilitador e mentor, saber estimular e lidar com alunos independentes e ativos, interagir de forma igualitária e significativa, democratizar as oportunidades de aprendizagem respeitando as particularidades de cada um e saber estimular o ensino e a aprendizagem cooperativos. Como desafios, podemos destacar que, na hora preparar aulas e de gerenciá-las os professores têm mais trabalho. Da mesma forma, os alunos precisam ter disciplina e organização, se aplicar bastante para manter a matéria em dia e participar ativa e ponderadamente. As observações destes fatores podem ajudar o tutor em EAD a cuidar para que o aluno aprenda e que o curso atinja os objetivos almejados.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. ALVES R. Por uma educação romântica. São Paulo, Ed Papirus, 2002.

2. MORIN E, CIURANA ER, MOTTA RD. Educar na era planetária: O pensamento complexo como método de aprendizagem pelo erro e incerteza humana. Tradução Sandra Trabucco Valenzuela; revisão técnica da tradução Edgar de Assis Carvalho – São Paulo: Cortez; Brasília, DF: UNESCO, 2003

3. HARASSIM L, TELES L, TUROFF M, HILTZ SR. Redes de aprendizagem: um guia para ensino e aprendizagem on-line. Tradução de Ibraíma Dafonte Tavares. São Paulo, Ed Senac, 2005.