domingo, 1 de junho de 2008

APRENDIZAGEM INOVADORA E TUTORIA EM EAD

O mundo atual é muito dinâmico e conectado. A informação está disponível para todos, desde que tenham acesso a diferentes meios de comunicação e que se interessem por ela. O conhecimento requer curiosidade e interação com a informação. Esta interação se caracteriza por recebimento da informação, análise/reflexão e processamento de uma conclusão e/ou a construção de novos questionamentos. Estes por sua vez, impulsionam uma cadeia de troca de conhecimentos desde que devolvidos aos meios de comunicação para realimentar esta cadeia.
A aprendizagem, para ser inovadora, requer percepção deste contexto. A informação não se esgota em si mesma. Não há motivação se não percebemos sentido em conhecer algo sobre um assunto; se aquilo não parece ter aplicabilidade.
Então, a primeira sugestão seria a de nos prepararmos para a educação na era planetária, globalizada. Segundo, descobrir “problemas” sobre temas que pretendemos abordar. Estes motivarão as pessoas à busca daquelas informações e facilitarão os questionamentos e as discussões. Terceiro, não tentar esgotar o tema... Construir o conhecimento coletivamente, colaborativamente, e de acordo com o interesse do grupo, sem, no entanto, fugir dos objetivos principais do trabalho proposto.
Para isto, o tutor em EAD deve ser sensível para perceber o seu público-alvo, ter amplo conhecimento do conteúdo a ser trabalhado, conhecer os recursos tecnológicos que pretende usar e, se possível, trabalhar em equipe multiprofissional. Apesar desta “bagagem” necessária, deve ser capaz de se “despir” de suas certezas para poder perceber o conhecimento e o interesse de cada um e do coletivo. Estar preparado para aceitar a todos como “legítimos outros”. Saber articular as trocas de informações, sintetizar os dados trabalhados e estar preparado para aprender com seu grupo também. E, ainda, estar preparado para lidar com o inesperado, improvisar... Não só com relação a possíveis panes tecnológicas, mas também com o rumo das discussões. Para tudo isto, a capacidade de organização e a disciplina são características primordiais do tutor.
Na construção das disciplinas, o grande desafio é aprender a criar novas oportunidades de aprendizagem usando os recursos tecnológicos ao favor de todos. E evitar utilizar os novos recursos para reproduzir modelos de disciplinas baseados em metodologia de transmissão, com alunos passivos receptores de informações. O tutor deve interagir com todo o grupo e perceber o desempenho de cada um dos alunos, para poder motivar os que necessitarem e nivelá-los ao grupo, favorecendo a inclusão na turma e evitando a evasão. Precisa valorizar e dar retorno quanto à participação de cada um. Deve ter cuidado com as formas de comunicação. Através da escrita, usada na maioria das vezes, a comunicação é diferente da comunicação presencial, que é auxiliada pela entonação da voz, pela expressão corporal entre outros recursos. E, às vezes, a comunicação utilizada pode gerar conflitos inesperados, que devem ser prontamente percebidos e corrigidos.
A avaliação também deve ser cuidadosamente trabalhada. Preferencialmente processual e aferindo diferentes conhecimentos e habilidades... Para que, de fato, possa ser claramente construtiva e facilitadora do progresso de cada um e do grupo. Deve servir para cuidar da aprendizagem.
Enfim, o tutor deve, permanentemente, saber cuidar de tudo e de todos.

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