O stuxnet pode agir por conta própria ou sob ordens de um operador à distância. Ele estaria nas mãos de terroristas, que podem usá-lo para sabotar sistemas como o do programa nuclear do Irã.
Um supervírus de computador pôs em alerta os serviços secretos de vários países. Há informações de que ele já estaria em poder de terroristas.
Nem mísseis, nem ogivas atômicas. A nova arma que preocupa o planeta é invisível, fácil de ser transportada e tem um poder de destruição incalculável. É o stuxnet, um supervírus de computador.
Segundo um ex-agente britânico, o supervírus pode agir por conta própria ou sob as ordens de um operador à distância: pode assumir o controle de fábricas, usinas elétricas, arsenais militares.
De acordo com o Serviço Secreto Britânico, o stuxnet teria sido criado por algum governo como arma de defesa. Os agentes acreditam que foi usado pela primeira vez contra o programa nuclear do Irã, pra retardar o início do enriquecimento de urânio. O problema é que o vírus teria caído nas mãos de terroristas.
Quem adquiriu o supervírus obviamente não está bem intencionado, afirma um especialista em informática. Talvez queira fazer chantagem em troca de dinheiro. Ou pior: usar o vírus pra sabotar sistemas.
No Congresso Americano, o diretor de Segurança de Informática dos Estados Unidos, Sean McGurk, exibiu um pendrive, dispositivo usado pra transferir arquivos entre computadores. ''Aqui dentro tem um stuxnet. Qualquer terrorista pode transportar sem ser notado”, disse ele.
O Governo Britânico investe o equivalente a R$ 1,5 bilhão por ano pra tentar vencer a guerra cibernética. O objetivo é criar um superantivirus e também manter o stuxnet longe da internet. Pelo menos, por enquanto, ele só infecta sistemas operacionais Windows por meio de pendrives, CDs e cabos.
FONTE:
Jornal Nacional, 30 de novembro de 2010. Clique aqui e evja o vídeo e a notícia na fonte.