sexta-feira, 16 de julho de 2010

Viciado(a) em internet? Eu?

Vício em internet deve ser considerado 'distúrbio mental', dizem médicos

Vício, compulsão ou doença mental? Para a publicação norte-americana "American Journal of Psychiatry", a dependência de internet, seja para jogos, e-mails ou conversas em comunicadores instantâneos e salas de bate papo, é doença mental.

Em editorial da edição de março, a publicação defende que o "vício" em internet seja classificado como distúrbio mental e entre para o Manual Diagnóstico e Estatístico dos Distúrbios Mentais, cuja próxima edição será lançada em 2012.

O editorial aponta o excesso de jogos e a dependência de e-mails e mensagens de texto como principais elementos no comportamento "desequilibrado". Alguns especialistas, porém, afirmam que a pesquisa na área ainda está engatinhando, e que seria cedo para tomar decisões. Segundo eles, ainda não é possível definir quando o uso de computador cruza a fronteira entre o normal e o patológico.

Grupo de risco

Em entrevista ao jornal "Ottawa Citizen", o Dr. Jerald Block afirma que 86% dos dependentes de internet sofrem de outros distúrbios mentais que acabam se sobrepondo ao "vício" on-line. Segundo ele, a maioria dos dependentes perde a noção do tempo e passa a negligenciar necessidades básicas como dormir e comer.

Segundo estudo de psiquiatras britânicos publicado em 2007 no Advances in Psychiatric Treatment, uma minoria entre 5% e 10% da população on-line sofre de compulsão. E, embora os primeiros estudos indicassem que a maioria dos dependentes eram homens introvertidos em com alto nível de instrução, estudos mais recentes mostram que mulheres de meia idade formam o principal grupo de "viciados".

Os pesquisadores comparam a dependência da internet com o comportamento abusivo de álcool e drogas. Os compulsivos usariam esse meio para "fugir da realidade". Enquanto especialistas não entram em consenso sobre as pesquisas, pelo menos o rótulo dessa compulsão já está criado: "heroinware" - conjunção entre "heroína" e "software".

FONTE: G1 tecnologia,19/03/08.

Redes sociais são novos espaços de convivência de alunos e professores


Na trilha do educando

"Cada vez mais, redes sociais se configuram como espaço em que os jovens se dispõem a ter com os professores a interlocução que está difícil de se consumar apenas em sala de aula "

Estas palavras são o início de uma matéria de Sérgio Rizzo, publicada no UOL Educação, que vale a pena ser lida por quem se interessa pelo assunto.

Nela, mostra-se a experiência de alguns educadores com as redes sociais e delas como novos espaços de convivência entre professores, estudantes e seus pares... E dos novos horizontes proporcionados por este meio.

Sempre falo com meus alunos que somos "professores e alunos" por período muito curto de nossa vida. Somos, na verdade, eternos aprendizes. Portanto, para mim, uma das tarefas primordiais da educação é proporcionar uma convivência ética, afetuosa e produtiva entre humanos, que se torne cada vez mais auto-sustentável no que tange à possibilidade de "ensinagem". Todos ensinam, todos aprendem... A grande magia ocorre quando isto proporciona prazer, curiosidade, vontade de alimentar mais e mais esta cadeia. Aí, estamos em um espaço sem fim!

Um vídeo do Programa Salto Para O Futuro, da TV Escola, do Ministério da Educação pode ser visto pelo YouTube e também é bastante esclarecedor.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Brasil é antepenúltimo em ranking de qualidade de morte

O Brasil ficou em antepenúltimo lugar em um ranking de qualidade de morte realizado pela consultoria Economist Intelligence Unit na Grã-Bretanha.

Entre os 40 países analisados na pesquisa, o Brasil ficou na 38ª posição. Os outros países que formam os Bric, Índia (40ª), China (37ª) e Rússia (35ª), também ficaram atrás no ranking.

A Grã-Bretanha ficou em primeiro lugar, seguida da Austrália e Nova Zelândia. Segundo o documento, A Grã-Bretanha "é líder global em termos de rede hospitalar e provisão de cuidados a pessoas no fim da vida".

Outros países desenvolvidos, no entanto, tiveram desempenhos ruins no ranking, como Dinamarca (22ª), Itália (24ª) e Finlândia (28ª).

“Muita gente, mesmo em países que tem sistemas de saúde excelentes, sofrem com mortes de baixa qualidade, mesmo quando a morte vem naturalmente”, disse a pesquisa.

Em muitos casos, segundo a Economist Intelligence Unit, isso ocorre porque a qualidade e a disponibilidade do tratamento paliativo antes da morte são baixas, e há deficiências na coordenação entre diferentes órgãos e departamentos para políticas sobre como lidar com a morte.

A pesquisa analisou indicadores quantitativos - como taxas de expectativa de vida e de porcentagem do PIB gasta em saúde - e qualitativos - baseados na avaliação individual de cada país em quesitos como conscientização pública sobre serviços e tratamentos disponíveis a pessoas no fim de suas vidas e disponibilidade de remédios e de paliativos.

De acordo com a Aliança Mundial de Cuidado Paliativo, mais de 100 milhões de pacientes e familiares precisam de acesso a tratamentos paliativos anualmente, mas apenas 8% os recebem.

Soluções

A pesquisa, encomendada pela Fundação Lien, uma organização não-governamental de Cingapura, aponta sugestões práticas que podem melhorar a qualidade da morte, como melhorar a disponibilização de medicamentos analgésicos.

"O controle da dor é o ponto de partida de todo o tratamento paliativo e a disponibilidade de opiáceos (morfina e equivalentes) é fundamental para o cuidado no fim da vida", diz o relatório.

"Mas, no mundo, estima-se que cinco bilhões de pessoas não tenham acesso a opiáceos, principalmente por causa de preocupações sobre uso ilícito de drogas e tráfico."

A organização disse também que combater as percepções sobre a morte e os tabus culturais é crucial para melhorar o cuidado paliativo.

"Em sociedades ocidentais, procedimentos curativos são frequentemente priorizados em detrimento do cuidado paliativo. Nos Estados Unidos, discussões sobre os cuidados no fim da vida muitas vezes inflamam o sentimento religioso que considera a manutenção da vida como um objetivo supremo. A questão é complicada ainda mais pela percepção de que 'cuidado hospitalar' acaba sendo associado a 'desistir de viver'".

Segundo a pesquisa, no entanto, um aumento na disponibilidade de tratamento paliativo – principalmente realizado em casa ou pela comunidade - reduz gastos em saúde associados a internação em hospitais e tratamentos de emergência.


UMAS REFERÊNCIAS, PARA QUEM QUISER LER MAIS SOBRE O TEMA: