sábado, 22 de agosto de 2009

Feridas Abertas. Uma reflexão para o fim-de-semana

Recebi esta mensagem de uma amiga e fiquei muito emocionada. Gostaria de colocá-la aqui acom a música de fundo, que também é linda e me emocionou ainda mais, porém só achei os slides.

Mesmo assim, quero compartilhá-la e pedir que pensemos um pouco sobre isto no nosso dia-a-dia. E que cada um aja como quiser, mas faça algo para mudar esta realidade...

Em setembro de 2008 o Jornal do Comércio publicou uma reportagem sobre a fome em Pernambuco e tornou conhecidos inúmeros "ninguéns"... Pessoas sem cidadania, atores de um cenário oculto, no palco da vida, sob o enredo da fome.

A reportagem foi motivada pelo centenário de Josué de Castro, médico que lutou contra a fome e a justiça social, autor do livro Geografia da Fome.

Quem quiser a mesagem com a música de fundo, posso enviar por email: mfirmida@gmail.com

A universidade vista como cérebro


Cientista brasileiro que desenvolveu a interface cérebro-máquina, Miguel Nicolelis defende a reestruturação do ensino superior para atrair os jovens

Estruturar os diversos departamentos de uma universidade do mesmo modo que o funcionamento do cérebro humano. Esse é o pensamento do neurocientista Miguel Nicolelis, apontado pela revista americana Science como um dos dez mais importantes cientistas do mundo.

Em recente debate na cidade de São Paulo, Nicolelis expôs seu conceito ao dizer como está montado o Instituto Internacional de Neurociência de Natal Edmond e Lily Safra, criado por ele em um dos lugares mais pobres do Brasil e chamado de A Cidade do Cérebro, onde tudo está interligado, junto, sem barreiras, sem divisões.

"As universidades não podem mais ter departamentos que não falam entre si. O cérebro não funciona assim. Então, vale a pena criar estruturas que se assemelham ao funcionamento do cérebro", explicou. (...)

"A elite americana valoriza mais uma educação universitária de alto nível como legado para os seus filhos. Já a academia brasileira não é aberta à sociedade. Quando isso acontecer, o Brasil mudará". Mudança, aliás, é algo que o neurocientista acredita ser necessário para a evolução do ensino superior brasileiro, particularmente da ciência.

"A universidade tem de se reestruturar para atrair os jovens, temos de criar mecanismos para acelerar a formação de cientistas. Nossas instituições não acompanham a velocidade das mudanças." Para ele, os jovens cientistas precisam ter mais apoio, inclusive para ganhar experiência no exterior ao participar de redes científicas internacionais e com isso obter uma melhor visão de mundo. " (...)

Reportagem de Luciano Velleda.

Conferência Mundial de Ensino Superior da Unesco conclama países a intensificar troca de saberes

O mundo precisa estar mais bem preparado para, se não prevenir, ao menos saber escolher com mais rapidez e eficácia as saídas para enfrentar uma crise econômica da amplitude da que surpreendeu o planeta a partir de setembro do ano passado. O homem necessita aperfeiçoar o uso dos recursos naturais e buscar reverter os efeitos das mudanças climáticas. A profissionalização é ferramenta essencial para que os países pobres promovam o desenvolvimento sustentável. As constatações levaram a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) a elevar o ensino superior a uma de suas prioridades em educação, depois de quatro dias de intensos debates durante a Conferência Mundial de Ensino Superior 2009, realizada na sede da organização, em Paris.

Passados 11 anos do último encontro global para discutir os rumos da educação superior, alguns novos desafios ingressaram na pauta, como a globalização, irreversível, e a entrada definitiva da tecnologia na aprendizagem. Mas as questões centrais permanecem as mesmas: a democratização do acesso, o papel do Estado, o aprimoramento da qualidade e a responsabilidade social foram, invariavelmente, os principais pontos de preocupação dos mais de mil participantes da Conferência Mundial de Ensino. "Nesta reunião, cada um pôde trazer e debater os seus problemas locais. Chegamos à conclusão de que, na raiz, as dificuldades são basicamente as mesmas para todos, embora em degraus diferentes de complexidade", atestou a relatora-geral do documento final, Suzy Halimi .

Leia reportagem completa no site da Revista Ensino Superior
Reportagem de Lúcia Jardim, de Paris

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Grávidas e menores de 5 anos devem tomar Tamiflu com qualquer sintoma de gripe, diz OMS

A Organização Mundial da Saúde enfatizou nesta sexta-feira a necessidade de uso do oseltamivir, comercialmente vendido como Tamiflu, nas primeiras 48 horas do surgimento dos sintomas de gripe suína por todos os pacientes de risco, em especial grávidas, que apresentem qualquer sintoma gripal.

Segundo a OMS, os médicos não devem esperar que exame laboratorial confirme a presença do vírus H1N1. O Tamiflu deve ser ministrado mesmo após as 48 horas em grávidas e crianças menores de 5 anos se o atendimento for feito após este prazo.

"Em áreas onde o vírus está circulando amplamente, os médicos que atenderem pacientes com sintomas de gripe devem assumir que a pandemia é a causa da doença. O tratamento não deve esperar a confirmação laboratorial da infecção pelo H1N1", diz a nota da OMS.

Leia reportagem completa no site do O Globo

Como funciona a reciclagem de computadores?

Todos os componentes de um micro podem ser reaproveitados, evitando que afetem o meio ambiente

O lixo eletrônico é um dos grandes problemas da atualidade. Segundo dados do Greenpeace, por ano, são produzidos até 50 milhões de toneladas desse tipo de dejeto no mundo inteiro. E o volume vem crescendo em 5% ao ano na Europa. A questão principal não é a só que esse lixo ocupe muito espaço, o grande perigo é que a maior parte dos aparelhos eletrônicos usa em sua fabricação metais tóxicos, como mercúrio, chumbo e cádmio. "Quando um computador vai para o aterro sanitário, essas substâncias reagem com as águas da chuva e contaminam os afluentes e o solo", alerta Tereza Cristina Carvalho, diretora do Centro de Computação Eletrônica da Universidade de São Paulo (USP) e coordenadora do Centro de Descarte e Reciclagem de Lixo Eletrônico da instituição.

A princípio, todos os componentes do microcomputador e do monitor podem ser reciclados. Até mesmo as substâncias tóxicas, como o chumbo, são reaproveitadas na confecção de novos produtos, como pigmentos e pisos cerâmicos. "A ideia é que, além de evitar que o metal contamine o solo, ele volte para a linha de produção. Assim, não é preciso tirar mais minérios da natureza", afirma Tereza Carvalho. Porém, no Brasil, ainda é muito difícil conseguir reciclar um aparelho inteiro. O que acontece é que, em geral, as empresas são especializadas na reutilização de apenas um tipo de material, como placas, plástico ou metais. Assim, quando uma máquina chega a esses lugares, o que interessa é aproveitado e o restante tem destinação incerta. É por isso que a USP está implantando o primeiro centro público de reciclagem de lixo eletrônico, que deve entrar em funcionamento em agosto. Lá, a equipe vai fazer a separação dos materiais e destiná-los para as empresas especializadas, fazendo com que nada seja descartado. "Existe uma falta de consciência sobre esse assunto, mas temos de pensar que, só em 2008, foram vendidos 12 milhões de computadores e que, daqui a cinco anos, eles vão virar sucata", diz a professora.

No Brasil, a questão da destinação de aparelhos elétricos começou a ser discutida só agora, com um projeto de lei aprovado na Assembleia Legislativa de São Paulo e que prevê que os fabricantes, importadores e comerciantes sejam responsáveis por recolher e destinar o lixo eletrônico. Porém, Tereza Carvalho explica que a iniciativa é válida, mas não resolve o problema, já que trata apenas de computadores, monitores e produtos magnetizados. Sistemas de rede e parques de telefonia ficaram de fora. "Na Europa, que está bem avançada no assunto, desde 2002, existem leis que obrigam os fabricantes a se responsabilizar por todos os eletrônicos produzidos. Além disso, só podem ser fabricados micros verdes", diz a professora. Para um computador ser considerado verde, ele precisa ter um sistema de economia de energia, ser produzido dentro de padrões de gestão ambiental e não ter chumbo em sua composição. No Brasil, algumas marcas já oferecem essa opção, mas o mercado ainda é muito pequeno. "É muito importante divulgar o problema e alertar os consumidores para, primeiro, nunca darem aparelhos velhos aos sucateiros, que só vão retirar as partes que podem vender, o resto jogam fora. O ideal é que os usuários deveriam comprar apenas micros verdes. Se houver a demanda, todas as empresas vão ter que se adequar", finaliza Tereza Carvalho.

FONTE: Revista Nova Escola, reportagem de Paula Sato, junho de 2009.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Prevenção da Gripe: água e sabão ou escolha o álcool certo!

A gripe e polêmicas em seu cuidado

Este vídeo é de hoje, mas não é só em Campo Grande que o tratamento homeopático para a gripe vem sendo distribuído. No início do mês, outro vídeo do G1 mostra a distribuição também em Macaé-RJ.

Ética em alta (ou em falta?) ... Uma breve reflexão


Nos últimos dias, as notícias parecem querer provar que a ética é utopia de pessoas ingênuas, que ainda acreditam na humanidade e em um mundo melhor...
O Senado, cujas notícias vêm em destaque nos últimos tempos, brinda esta fase de "sucesso" na mídia com o arquivamento das denúncias contra Sarney. Isto me fez lembrar daquelas estorinhas que gostavam de contar quando éramos crianças: uma informação extremamente curiosa escrita em um pedacinho de papel, apresentava longa trajetória para ser elucidada e, por fim, a conclusão era de que "o papelzinho voou..." E nossa curiosidade morria na praia. Assim ficamos nós, o povo brasileiro: sem respostas, confusos, sem saber se ainda poderemos acreditar em alguém e ter esperanças em alguma eleição futura.
Hoje, depois de um dia cansativo de trabalho, em que voltei para casa preocupada com a violência desenfreada que está encunhada em nosso dia-a-dia, depois de um tremendo engarrafamento e da companhia fiel de uma forte dor de cabeça, finalmente cheguei em casa e resolvi relaxar lendo jornal.

Eis que me deparei com uma reportagem no O Globo, na parte de Ciência, entitulada "Médicos vendem nome e reputação para estudos de laboratórios farmacêuticos". Fala-se de médicos dos EUA que emprestam seus nomes e reputação para assinar trabalhos científicos escritos por "fantasmas"(ghostwriters) a fim de aprovar ilicitamente tratamentos com algumas drogas, beneficiando a indústria farmacêutica. E, pela notícia, parece que isto só acontece por lá...
Enquanto lia o jornal, o som de fundo era do RJ TV, que mostrava o sofrimento de pessoas que até dormiram na fila tentando agendar consultas no PAM de Del Castilho e seguidos fatos em que pessoas foram injustamente baleadas: umas mortas, outras internadas... como em uma guerra.
Não sei se é consequência deste dia chuvoso, não sei se estou meio "deprê" ou se é efeito da dor de cabeça. Mas hoje está parecendo o fim-do-mundo... ou da ética?

Ética? O que é isto? Serve pra quê?

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Diversão on line e gratuita

Li na revista Veja desta semana uma reportagem sobre TV on line: sites para assistir a filmes, seriados e outras atrações on line. Alguns pagos, outros gratuitos, com vantagens e desvantagens em cada um deles.
Resolvi visitar o http://tv.terra.com.br/. Este é gratuito, tem seriados, filmes, música, documentários e várias outras atrações.

Adorei! Assisti a uma comédia e, com internet de alta velocidade, em nenhum momento o filme sequer "engasgou".

A imagem, com a tela cheia, deixa um pouco a desejar, mas nada que comprometa o filme.

Fica aqui, então, a sugestão para quem quiser conhecer.

Baixada Fluminense terá internet livre


Governo do Rio investe R$ 3 milhões na 1ª fase do Baixada Digital

"Duque de Caxias, São João de Meriti, Belford Roxo, Mesquita, Nova Iguaçu e Nilópolis. Esses são os primeiros municípios da Baixada Fluminense beneficiados pelo programa de internet sem fio e gratuita da Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia (Sect). O anúncio foi feito pelo secretário do estado, Alexandre Cardoso. Nesta primeira fase, o projeto vai contemplar cerca 1,4 milhão de pessoas, com um investimento de R$ 3 milhões. Depois, o programa será levado a toda a Baixada Fluminense.


"Esse é o maior projeto de internet do mundo com essas características. E só foi possível porque o governador Sérgio Cabral vem cumprindo o repasse de 2% da receita tributária líquida para a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj). Os recursos mais do que dobraram nos últimos anos”, ressaltou Cardoso.

De responsabilidade técnica da UFF, o programa da Baixada Fluminense vai beneficiar o 1º Distrito de Caxias e parte do 2º, parte de Belford Roxo, Mesquita, Nova Iguaçu e Nilópolis, além da totalidade de São João de Meriti.

A instalação das antenas de transmissão já começou. A previsão é que todas estejam instaladas até 28 de setembro, quando o sinal de internet deve estar funcionando na região. Nas residências, prédios públicos e estabelecimentos comerciais, será necessário apenas comprar um modem sem fio para se conectar.

Nas ruas, será possível captar o sinal com laptops em algumas praças e corredores principais: Praça do Pacificador, Avenidas Presidente Kennedy, Avenida Brigadeiro Lins e Silva, e calçadão de Caxias; e Praça da Matriz e da prefeitura, em São João de Meriti.

“É um projeto que não se trata só de inclusão digital, mas também de inclusão educacional e social, porque, hoje, a informação é muito importante em todas as áreas. Este é um projeto extremamente ousado, com a cara do Governo do Estado, e acreditamos muito nele”, destacou o reitor da UFF, Roberto Salles.

Com a inauguração do programa na Baixada Fluminense, quase dois milhões de pessoas no estado terão acesso a internet sem fio gratuita. As orlas de Copacabana, Leme, Ipanema e Leblon, o Morro Santa Marta e a Cidade de Deustambém já contam com a rede. O funcionamento na Cidade de Deus e no Morro Santa Marta está a cargo da PUC.

Já a rede da orla da Zona Sul é administrada pela Coppe-UFRJ. Até o fim do ano, o programa deve chegar à Avenida Brasil e comunidades adjacentes, beneficiando mais cerca de 500 mil pessoas. As prefeituras são responsáveis pela energia elétrica."



FONTE: Convergência Digital, 17 de agosto de 2009


Seria bom que a violência também acabasse (ou ao menos diminuísse) para que as pessoas pudessem desfrutar deste progresso... É triste pensar que, talvez, a violência do Rio de Janeiro impeça o desfrute desta maravilha e o crescimento deste projeto!

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Debate sobre influenza A será transmitido ao vivo na próxima quarta

Na próxima quarta-feira (19/8), às 14h, será realizado o primeiro debate sobre a influenza A (H1N1) com transmissão ao vivo pelo portal Rio Contra Gripe A.

O encontro, o primeiro de uma série promovida pelo portal contará com a presença de Roberto Medronho, Chefe do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da UFRJ, doutor em Epidemiologia; e Marisa Santos, médica infectologista da Superintendência de Unidades Próprias da Sesdec.

A mediação será feita por Flávia Junqueira, editora de Saúde do jornal Extra, e todos poderão participar do debate enviando perguntas pelo e-mail faleconosco@riocontragripea.com.br ou pelo Twitter do Rio Contra Gripe A: http://twitter.com/riocontragripea. Participe!

Vacina anti-pneumocócia entrará para o calendário vacinal básico em 2010


A partir de 2010, a vacina que previne otite média, pneumonia e meningite bacterianas fará parte do calendário de vacinação infantil das crianças menores de um ano no Brasil. O Programa Nacional de Imunizações oferecerá 13 milhões de doses a 3,2 milhões de bebês.

A estimativa é de que sejam evitadas cerca de 1.500 mortes de crianças por ano com a vacinação em massa. No Brasil, o pneumococo causa cerca de 1.500 casos de meningite, 20.000 hospitalizações por pneumonia e mais de 3 milhões por otite média aguda por ano.

A oferta da vacina será possível graças a um acordo de transferência tecnológica assinado nesta segunda-feira entre a fabricante Glaxo SmithKline e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O investimento será de 400 milhões de reais por parte do Ministério da Saúde. Em contrapartida, a GSK investirá cerca de 92,4 milhões de reais na Fiocruz, em um acordo para o desenvolvimento de vacinas contra a dengue, malária e o aperfeiçoamento da de febre amarela.

Serão cinco etapas até que o país tenha o domínio completo da tecnologia, o que deve ocorrer em 2017. Na fase de transferência tecnológica, que começa no próximo ano, a Fiocruz envasará e fará o controle de qualidade das vacinas.


Quer mais informações sobre vacinas anti-pneumocócicas? Clique aqui para ver material divulgado pela Organização Panamericana de Saúde em 2007.

Artigo recente (2009) avalia o impacto da vacina conjugada anti-pneumocócica na prevenção de doenças invasivas por pneumococo resistente. Resumo no PubMed.

domingo, 16 de agosto de 2009

Influenza A H1N1 - Links e Telefones Úteis


Nacionais e no Rio de Janeiro


Internacionais


Endereços com informações específicas

Cidades Inteligentes

Hoje, no caderno Cotidiano da Folha de São Paulo, Giberto Dimenstein apresenta texto bem interessante sobre cidades inteligentes, com comentários sobre Projetos de Harvard e do Brasil e com sugestões de livros a respeito deste assunto. As cidades inteligentes são mais um exemplo de benefícios trazidos pela tecnologia bem empregada na comunicação, lazer, educação, desenvolvimento, etc.

Segue um trecho aqui:


"Com o uso da tecnologia, elas integram cultura, educação, saúde, lazer, esportes e trabalho."

"HÁ DOIS MESES , um grupo de 20 adolescentes participa de uma caça ao tesouro digital para montar um mapa para quem tem pouco dinheiro.

Os investigadores são alunos de escolas públicas e moram nas regiões mais distantes da cidade de São Paulo, marcadas pela pobreza e violência, com escassas ofertas de lazer, educação e cultura.

Na semana passada, eles mostraram os primeiros resultados dessa caça ao tesouro, expostos em sites, blogs ou twitters. Localizaram, em seus bairros, bandas de música, grupos de dança, saraus de poesia, cinemas em becos, estúdios multimídias, bibliotecas comunitárias, cursos profissionalizantes.

O exercício serve para preparar agentes comunitários de comunicação. Todos aqueles jovens serão chamados a trabalhar, por alguns meses, em telecentros, transformando-os em mais do que um punhado de máquinas ligadas à internet, mas num espaço para conectar o bairro, do posto de saúde, até a escola, passando por subprefeitura, bibliotecas comunitárias e parques.Sem saber, eles estão conectados com o que a Escola de Administração de Harvard aponta, num documento lançado há um mês, como o futuro de gestão pública -é um manifesto pelas cidades inteligentes.

Cidade inteligente é aquela que integra ao máximo seus serviços (cultura, educação, saúde, lazer, esportes e trabalho), tirando proveito das tecnologias de comunicação, segundo o texto de Rosabeth Kanter, professora de Harvard e apontada pelo jornal "Times", de Londres, como uma das 50 mulheres mais influentes no mundo dos negócios . Conhecemos, no Brasil, vários avanços provocados pela internet.

Hospitais usam a telemedicina, fazendo que centros de excelência cheguem aos locais mais remotos; governos economizam com os pregões eletrônicos; nenhuma modalidade de educação cresce como o ensino a distância; entregar o imposto de renda ficou mais fácil São Paulo não teria reduzido com tamanha rapidez seu índice de assassinato se não tivesse, no final da década de 1990, montado um banco de dados sobre onde acontece o crime e investir mais em inteligência.

Esse tipo de sistema é apontado no manifesto de Harvard como uma das explicações para a queda dos crimes ter sido mais acentuada em Nova York, Los Angeles e Chicago.

Em essência, a proposta baseia-se na ideia de que as novas tecnologias permitem uma gestão integrada.(...)"