Fonte: YouTube
quarta-feira, 4 de junho de 2008
Educação Médica
Anamnese e exame físico completos são fundamentais para uma boa consulta?
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Leitura sugerida (basta clicar no título): MITOS DO ENSINO MÉDICO
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Tecnologias e professores
Cláudio Ulysses Ferreira Coelho e Cristina Haguenauer são autores de um texto que eu li, muito enriquecedor para quem quer discutir o papel das tecnologias na educação. O título é AS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E SUA INFLUÊNCIA NA MUDANÇA DO PERFIL E DA POSTURA DO PROFESSOR. Se quiser acessá-lo basta clicar neste título. Seu comentário aqui será bem-vindo!
domingo, 1 de junho de 2008
APRENDIZAGEM INOVADORA E TUTORIA EM EAD
O mundo atual é muito dinâmico e conectado. A informação está disponível para todos, desde que tenham acesso a diferentes meios de comunicação e que se interessem por ela. O conhecimento requer curiosidade e interação com a informação. Esta interação se caracteriza por recebimento da informação, análise/reflexão e processamento de uma conclusão e/ou a construção de novos questionamentos. Estes por sua vez, impulsionam uma cadeia de troca de conhecimentos desde que devolvidos aos meios de comunicação para realimentar esta cadeia.
A aprendizagem, para ser inovadora, requer percepção deste contexto. A informação não se esgota em si mesma. Não há motivação se não percebemos sentido em conhecer algo sobre um assunto; se aquilo não parece ter aplicabilidade.
Então, a primeira sugestão seria a de nos prepararmos para a educação na era planetária, globalizada. Segundo, descobrir “problemas” sobre temas que pretendemos abordar. Estes motivarão as pessoas à busca daquelas informações e facilitarão os questionamentos e as discussões. Terceiro, não tentar esgotar o tema... Construir o conhecimento coletivamente, colaborativamente, e de acordo com o interesse do grupo, sem, no entanto, fugir dos objetivos principais do trabalho proposto.
Para isto, o tutor em EAD deve ser sensível para perceber o seu público-alvo, ter amplo conhecimento do conteúdo a ser trabalhado, conhecer os recursos tecnológicos que pretende usar e, se possível, trabalhar em equipe multiprofissional. Apesar desta “bagagem” necessária, deve ser capaz de se “despir” de suas certezas para poder perceber o conhecimento e o interesse de cada um e do coletivo. Estar preparado para aceitar a todos como “legítimos outros”. Saber articular as trocas de informações, sintetizar os dados trabalhados e estar preparado para aprender com seu grupo também. E, ainda, estar preparado para lidar com o inesperado, improvisar... Não só com relação a possíveis panes tecnológicas, mas também com o rumo das discussões. Para tudo isto, a capacidade de organização e a disciplina são características primordiais do tutor.
Na construção das disciplinas, o grande desafio é aprender a criar novas oportunidades de aprendizagem usando os recursos tecnológicos ao favor de todos. E evitar utilizar os novos recursos para reproduzir modelos de disciplinas baseados em metodologia de transmissão, com alunos passivos receptores de informações. O tutor deve interagir com todo o grupo e perceber o desempenho de cada um dos alunos, para poder motivar os que necessitarem e nivelá-los ao grupo, favorecendo a inclusão na turma e evitando a evasão. Precisa valorizar e dar retorno quanto à participação de cada um. Deve ter cuidado com as formas de comunicação. Através da escrita, usada na maioria das vezes, a comunicação é diferente da comunicação presencial, que é auxiliada pela entonação da voz, pela expressão corporal entre outros recursos. E, às vezes, a comunicação utilizada pode gerar conflitos inesperados, que devem ser prontamente percebidos e corrigidos.
A avaliação também deve ser cuidadosamente trabalhada. Preferencialmente processual e aferindo diferentes conhecimentos e habilidades... Para que, de fato, possa ser claramente construtiva e facilitadora do progresso de cada um e do grupo. Deve servir para cuidar da aprendizagem.
Enfim, o tutor deve, permanentemente, saber cuidar de tudo e de todos.
O mundo atual é muito dinâmico e conectado. A informação está disponível para todos, desde que tenham acesso a diferentes meios de comunicação e que se interessem por ela. O conhecimento requer curiosidade e interação com a informação. Esta interação se caracteriza por recebimento da informação, análise/reflexão e processamento de uma conclusão e/ou a construção de novos questionamentos. Estes por sua vez, impulsionam uma cadeia de troca de conhecimentos desde que devolvidos aos meios de comunicação para realimentar esta cadeia.
A aprendizagem, para ser inovadora, requer percepção deste contexto. A informação não se esgota em si mesma. Não há motivação se não percebemos sentido em conhecer algo sobre um assunto; se aquilo não parece ter aplicabilidade.
Então, a primeira sugestão seria a de nos prepararmos para a educação na era planetária, globalizada. Segundo, descobrir “problemas” sobre temas que pretendemos abordar. Estes motivarão as pessoas à busca daquelas informações e facilitarão os questionamentos e as discussões. Terceiro, não tentar esgotar o tema... Construir o conhecimento coletivamente, colaborativamente, e de acordo com o interesse do grupo, sem, no entanto, fugir dos objetivos principais do trabalho proposto.
Para isto, o tutor em EAD deve ser sensível para perceber o seu público-alvo, ter amplo conhecimento do conteúdo a ser trabalhado, conhecer os recursos tecnológicos que pretende usar e, se possível, trabalhar em equipe multiprofissional. Apesar desta “bagagem” necessária, deve ser capaz de se “despir” de suas certezas para poder perceber o conhecimento e o interesse de cada um e do coletivo. Estar preparado para aceitar a todos como “legítimos outros”. Saber articular as trocas de informações, sintetizar os dados trabalhados e estar preparado para aprender com seu grupo também. E, ainda, estar preparado para lidar com o inesperado, improvisar... Não só com relação a possíveis panes tecnológicas, mas também com o rumo das discussões. Para tudo isto, a capacidade de organização e a disciplina são características primordiais do tutor.
Na construção das disciplinas, o grande desafio é aprender a criar novas oportunidades de aprendizagem usando os recursos tecnológicos ao favor de todos. E evitar utilizar os novos recursos para reproduzir modelos de disciplinas baseados em metodologia de transmissão, com alunos passivos receptores de informações. O tutor deve interagir com todo o grupo e perceber o desempenho de cada um dos alunos, para poder motivar os que necessitarem e nivelá-los ao grupo, favorecendo a inclusão na turma e evitando a evasão. Precisa valorizar e dar retorno quanto à participação de cada um. Deve ter cuidado com as formas de comunicação. Através da escrita, usada na maioria das vezes, a comunicação é diferente da comunicação presencial, que é auxiliada pela entonação da voz, pela expressão corporal entre outros recursos. E, às vezes, a comunicação utilizada pode gerar conflitos inesperados, que devem ser prontamente percebidos e corrigidos.
A avaliação também deve ser cuidadosamente trabalhada. Preferencialmente processual e aferindo diferentes conhecimentos e habilidades... Para que, de fato, possa ser claramente construtiva e facilitadora do progresso de cada um e do grupo. Deve servir para cuidar da aprendizagem.
Enfim, o tutor deve, permanentemente, saber cuidar de tudo e de todos.
REFLEXÃO BASEADA NO TEXTO DE PIERRE LEVY: EDUCAÇÃO E CYBERCULTURA, A NOVA RELAÇÃO COM O SABER
A evolução planetária das últimas décadas teve algumas conseqüências inquestionáveis. No campo do conhecimento, as informações tornaram-se mais democráticas. Qualquer pessoa pode aprender o que quiser; basta se interessar por um assunto. Os espaços de aprendizagem são todos aqueles em que há seres pensantes e interações. Não há mais "espaços únicos de aprendizagem", como poderiam ser consideradas por alguns as instituições formais de ensino em tempos remotos. Além disso, todos pensam, todos questionam... Um dos únicos divisores da democracia do conhecimento é o analfabetismo. Desde que conheçam a linguagem, as pessoas podem chegar às informações por caminhos diversos.
E não há mais um "dono" do conhecimento. Todos podem ter idéias e são capazes de processá-las e fazer questionamentos. Na medicina, por exemplo, pais de crianças com determinadas doenças, mesmo os de classe sócio-econômica menos favorecida e sem computadores em casa, procuram o médico com impressos sobre os problemas de seus filhos, questionando diagnósticos e programas de investigação e de tratamento. As pessoas são cada vez menos passivas no campo do pensamento e sabem selecionar o que serve e o que não serve para elas aprenderem. O conhecimento tem que ter utilidade. Como diz Rubem Alves(1): “o corpo humano é sábio.(...) E ele, seguindo critérios de controle de qualidade, só aprende dois tipos de conteúdo. Primeiro, aqueles que dão prazer: o fruto desejável. Segundo, o meio para se chegar ao objeto de prazer: a vara para se apanhar o fruto”.
A forma de aprender as coisas também mudou muito. Com relação às tecnologias, por exemplo, geralmente nem damos conta de como aprendemos e nos adaptamos nas duas últimas décadas. Basta lembrarmos como eram os aparelhos eletrônicos e os eletrodomésticos na década de 80 e como são os de hoje. Quanto mais funções digitais melhor. E sem controle remoto, não serve. Agora, há ainda maior atração pelas coisas que oferecem a possibilidade de interatividade. Até na transmissão de um jogo de futebol pela televisão, o tempo todo aparecem perguntas feitas por espectadores. Enfim, mesmo sem querer, aprendemos diferente nos mundos de hoje. E, diante desta avalanche de informações, fazemos filtragens, seleções... a vida nos obriga a exercitar o senso crítico. Além disso, cada vez mais pessoas buscam informações, em todos os níveis de conhecimento. E a vida atribulada faz com que o tempo utilizado e o gasto com a busca de informação tenham que ser cada vez menores.
Então, as necessidades básicas da educação à distância não são diferentes das de qualquer outra forma de educação no mundo contemporâneo. Como argumenta Edgar Morin (2), temos que estar prontos para “educar para a era planetária”. E ele sistematiza as reformas necessárias em três campos: uma reforma do modo de conhecimento, um reforma do pensamento, uma reforma do ensino.
A educação à distância (EAD), diante destas necessidades, parece muito promissora. Nela, não há um currículo "prescrito". O conhecimento de todos importa. E vai sendo enriquecido através da rede, da interação com colegas e com especialistas de qualquer campo nos quais os usuários estejam interessados. As tecnologias podem ser fáceis de aprender e seu emprego adequado torna a aprendizagem e o ensino mais ricos e eficazes. As redes oferecem a alunos e professores o acesso a idéias, perspectivas, culturas e informações novas enriquecem os recursos locais. A colaboração de cada um no grupo permite múltiplas perspectivas sobre um mesmo tema. A comunicação entre culturas diversas e o entendimento global também são facilitados(3).
O tutor em EAD tem que entender o contexto no qual está inserido. Deve ser um facilitador e mentor, saber estimular e lidar com alunos independentes e ativos, interagir de forma igualitária e significativa, democratizar as oportunidades de aprendizagem respeitando as particularidades de cada um e saber estimular o ensino e a aprendizagem cooperativos. Como desafios, podemos destacar que, na hora preparar aulas e de gerenciá-las os professores têm mais trabalho. Da mesma forma, os alunos precisam ter disciplina e organização, se aplicar bastante para manter a matéria em dia e participar ativa e ponderadamente. As observações destes fatores podem ajudar o tutor em EAD a cuidar para que o aluno aprenda e que o curso atinja os objetivos almejados.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. ALVES R. Por uma educação romântica. São Paulo, Ed Papirus, 2002.
2. MORIN E, CIURANA ER, MOTTA RD. Educar na era planetária: O pensamento complexo como método de aprendizagem pelo erro e incerteza humana. Tradução Sandra Trabucco Valenzuela; revisão técnica da tradução Edgar de Assis Carvalho – São Paulo: Cortez; Brasília, DF: UNESCO, 2003
3. HARASSIM L, TELES L, TUROFF M, HILTZ SR. Redes de aprendizagem: um guia para ensino e aprendizagem on-line. Tradução de Ibraíma Dafonte Tavares. São Paulo, Ed Senac, 2005.
A evolução planetária das últimas décadas teve algumas conseqüências inquestionáveis. No campo do conhecimento, as informações tornaram-se mais democráticas. Qualquer pessoa pode aprender o que quiser; basta se interessar por um assunto. Os espaços de aprendizagem são todos aqueles em que há seres pensantes e interações. Não há mais "espaços únicos de aprendizagem", como poderiam ser consideradas por alguns as instituições formais de ensino em tempos remotos. Além disso, todos pensam, todos questionam... Um dos únicos divisores da democracia do conhecimento é o analfabetismo. Desde que conheçam a linguagem, as pessoas podem chegar às informações por caminhos diversos.
E não há mais um "dono" do conhecimento. Todos podem ter idéias e são capazes de processá-las e fazer questionamentos. Na medicina, por exemplo, pais de crianças com determinadas doenças, mesmo os de classe sócio-econômica menos favorecida e sem computadores em casa, procuram o médico com impressos sobre os problemas de seus filhos, questionando diagnósticos e programas de investigação e de tratamento. As pessoas são cada vez menos passivas no campo do pensamento e sabem selecionar o que serve e o que não serve para elas aprenderem. O conhecimento tem que ter utilidade. Como diz Rubem Alves(1): “o corpo humano é sábio.(...) E ele, seguindo critérios de controle de qualidade, só aprende dois tipos de conteúdo. Primeiro, aqueles que dão prazer: o fruto desejável. Segundo, o meio para se chegar ao objeto de prazer: a vara para se apanhar o fruto”.
A forma de aprender as coisas também mudou muito. Com relação às tecnologias, por exemplo, geralmente nem damos conta de como aprendemos e nos adaptamos nas duas últimas décadas. Basta lembrarmos como eram os aparelhos eletrônicos e os eletrodomésticos na década de 80 e como são os de hoje. Quanto mais funções digitais melhor. E sem controle remoto, não serve. Agora, há ainda maior atração pelas coisas que oferecem a possibilidade de interatividade. Até na transmissão de um jogo de futebol pela televisão, o tempo todo aparecem perguntas feitas por espectadores. Enfim, mesmo sem querer, aprendemos diferente nos mundos de hoje. E, diante desta avalanche de informações, fazemos filtragens, seleções... a vida nos obriga a exercitar o senso crítico. Além disso, cada vez mais pessoas buscam informações, em todos os níveis de conhecimento. E a vida atribulada faz com que o tempo utilizado e o gasto com a busca de informação tenham que ser cada vez menores.
Então, as necessidades básicas da educação à distância não são diferentes das de qualquer outra forma de educação no mundo contemporâneo. Como argumenta Edgar Morin (2), temos que estar prontos para “educar para a era planetária”. E ele sistematiza as reformas necessárias em três campos: uma reforma do modo de conhecimento, um reforma do pensamento, uma reforma do ensino.
A educação à distância (EAD), diante destas necessidades, parece muito promissora. Nela, não há um currículo "prescrito". O conhecimento de todos importa. E vai sendo enriquecido através da rede, da interação com colegas e com especialistas de qualquer campo nos quais os usuários estejam interessados. As tecnologias podem ser fáceis de aprender e seu emprego adequado torna a aprendizagem e o ensino mais ricos e eficazes. As redes oferecem a alunos e professores o acesso a idéias, perspectivas, culturas e informações novas enriquecem os recursos locais. A colaboração de cada um no grupo permite múltiplas perspectivas sobre um mesmo tema. A comunicação entre culturas diversas e o entendimento global também são facilitados(3).
O tutor em EAD tem que entender o contexto no qual está inserido. Deve ser um facilitador e mentor, saber estimular e lidar com alunos independentes e ativos, interagir de forma igualitária e significativa, democratizar as oportunidades de aprendizagem respeitando as particularidades de cada um e saber estimular o ensino e a aprendizagem cooperativos. Como desafios, podemos destacar que, na hora preparar aulas e de gerenciá-las os professores têm mais trabalho. Da mesma forma, os alunos precisam ter disciplina e organização, se aplicar bastante para manter a matéria em dia e participar ativa e ponderadamente. As observações destes fatores podem ajudar o tutor em EAD a cuidar para que o aluno aprenda e que o curso atinja os objetivos almejados.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. ALVES R. Por uma educação romântica. São Paulo, Ed Papirus, 2002.
2. MORIN E, CIURANA ER, MOTTA RD. Educar na era planetária: O pensamento complexo como método de aprendizagem pelo erro e incerteza humana. Tradução Sandra Trabucco Valenzuela; revisão técnica da tradução Edgar de Assis Carvalho – São Paulo: Cortez; Brasília, DF: UNESCO, 2003
3. HARASSIM L, TELES L, TUROFF M, HILTZ SR. Redes de aprendizagem: um guia para ensino e aprendizagem on-line. Tradução de Ibraíma Dafonte Tavares. São Paulo, Ed Senac, 2005.
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