sábado, 15 de agosto de 2009

Cinco países respondem por quase 65% das mortes pela nova gripe


EUA, Argentina, Brasil, México e Chile concentram 1.300 das 2.004 mortes.OMS mudou estratégia de cálculo; 55 países já registraram óbitos.


Cinco países –entre eles o Brasil– respondem por 64,8% das mortes pela nova gripe em todo mundo. Estados Unidos, Argentina, Brasil, México e Chile são responsáveis, no total, por 1.300 das 2.004 mortes registradas até esta sexta-feira (14). Os dados foram divulgados na página do Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC, da sigla em inglês), que se baseia em números dos governos e da Organização Mundial da Saúde (OMS). Os Estados Unidos lideram o ranking, com 436 mortes, seguidos por Argentina (404), Brasil (192), México (163) e Chile (105). No total, 55 países já registraram mortes. Dos 15 primeiros da lista, nove são latino-americanos –além dos quatro citados, estão Peru, Costa Rica, Paraguai, Uruguai e Equador. A única região do mundo que ainda não registrou mortes, segundo o ECDC, foi a Ásia Central.A OMS mudou a estratégia de cálculos de mortes causadas pela nova gripe, e foi acompanhada pelo Ministério da Saúde brasileiro. A conta, diz a organização, deve ser feita por 100 mil habitantes. Dessa forma, é possível saber a taxa de mortalidade da doença por país.

Por esse critério, o Brasil tem 0,09 morte por cada 100 mil habitantes. A Argentina tem o maior índice entre todos os países (1,00, número atualizado com o total de mortes registradas no país), seguida por Uruguai (0,65) e Costa Rica (0,61).

Segundo César Carranza, professor da Universidade de Brasília e médico do Hospital Universitário, o tamanho da população destes países e a capacidade de registros dos casos ajuda a explicar os números. “No hemisfério norte, por exemplo, os casos foram basicamente na temporada anterior, de frio”, afirma.

Apesar disso, países que têm população maior que alguns dos cinco líderes do ranking registraram menos mortes. É o caso, por exemplo, da Malásia, com 27,4 milhões de habitantes e 56 mortes. Para efeito de comparação, o Chile, que tem uma população de 16,9 milhões, conta 105 mortes. Os dados demográficos são do IBGE. (...)


Leia esta notícia na íntegra no site do G1. Publicada hoje, 15 de agosto de 2009.

Tobby entrevista o H1N1

A gripe é séria, mas um pouco de humor não faz mal a ninguém.

Raciocínio de nativos digitais


Será que estes nativos digitais devem ser ensinados como nós fomos?

Quais são as lógicas por trás do processo neurocognitivo de aprendizagem destas pessoas?

A atualização/adequação dos métodos é "modernidade" ou necessidade?

Uma reflexão interessante sobre isto foi publicada por Cátia Alves Martins e Lúcia M. Martins Giraffa, da PUCRS. O título do artigo é "FORMAÇÃO DO DOCENTE IMIGRANTE DIGITAL PARA ATUAR COM NATIVOS DIGITAIS NO ENSINO FUNDAMENTAL". Clique neste título se quiser ler o artigo e participar desta reflexão.


OBS. Esta tirinha é de hoje, do caderno Globinho, do Jornal O Globo.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Gripe Suína - Últimas notícias oficiais

País receberá 800 mil tratamentos contra H1N1 neste mês e outros 9 milhões até 2010

Temporão, em audiência na Câmara dos Deputados, afirmou que o estoque atende a demanda pelo medicamento; a doença atingiu 28 mil pessoas.

Em comissão geral da Câmara dos Deputados realizada nesta terça-feira (11), o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, reafirmou a suficiência brasileira de estoque de medicamento para tratamento de pacientes infectados pela nova gripe. Segundo o ministro, desde abril já foram distribuídos aos Estados 392.621 tratamentos. No mesmo período foram notificados 28 mil casos de algum tipo de gripe no País, o que demonstra que o estoque atende plenamente a demanda pelo medicamento.

O ministro afirmou durante audiência que o Ministério da Saúde receberá mais 800 mil tratamentos até o final de agosto, que serão imediatamente descentralizados para Estados e Municípios. Além disso, outros 9 milhões de tratamentos serão comprados para entrega até março de 2010, preparando, assim, o país para o próximo ano. Atualmente há 8,7 milhões de tratamentos em estado bruto em estoque. A intenção do Ministério da Saúde é preservar parte desse estoque, uma vez que sua validade expira apenas em 2016 — se abertos os tonéis, o prazo se reduz para 2012.

O ministro lembrou que há uma constante capilarização do acesso ao medicamentos, sendo responsabilidade das secretarias estaduais de saúde definir os pontos de distribuição dentro dos seus estados. No Rio Grande do Sul, por exemplo, foi definido um ponto de distribuição em cada município.

Ao condenar a banalização do uso do medicamento, Temporão chamou a atenção para um artigo publicado ontem no British Medical Journal, que abre discussão para o uso do remédio em crianças — o que reforça a política de uso parcimonioso da droga.

Confira os principais pontos da fala do ministro.

ESTOQUE DOS ESTADOS

Até o momento, o Ministério da Saúde entregou aos Estados 392.621 tratamentos completos, o suficiente para tratar 392.621 pacientes. No mesmo período, o Sistema Único de Saúde notificou 28 mil casos de algum tipo de gripe no Brasil, de todos os tipos de gripe.. “O cenário demonstra que a quantidade de medicamentos, o estoque em poder do Governo e a descentralização para os Estados e Municípios atendem com folga a demanda”, afirmou.

MAIS MEDICAMENTOS

Neste mês, o Ministério está recebendo do laboratório produtor mais 800 mil tratamentos, que estão sendo imediatamente descentralizados para Estados e Municípios. Além disso, o estoque estratégico é de 8,7 milhões de tratamentos em matéria-prima. O prazo de validade desse granulado vai até 2016. Para 2010, também está sendo negociada a compra de 9 milhões de tratamentos.

DISPONIBILIZAÇÃO DOS MEDICAMENTOS

Temporão ressaltou que o medicamento no Brasil é gratuito para todas as pessoas que dele necessitem. Também afirmou que algumas críticas irresponsáveis têm sido feitas em relação à disponibilização do medicamento que pedem a banalização do uso do medicamento. O Ministério manterá a posição atual, respaldada pela Organização Mundial de Saúde, de evitar o uso indiscriminado do antiviral. Não se pode usar indiscriminadamente o medicamento disponível para tratar uma doença cujo vírus causador pode vir a apresentar uma mutação tornando-a mais grave, explicou. Casos de resistência foram reportados no Canadá, Japão, Dinamarca e China, em Hong Kong. Ainda citou pesquisas feitas nos Estados Unidos que, recentemente, indicam que o vírus da influenza sazonal A apresenta 99% de resistência ao osetalmivir, medicamento usado no combate à doença.

CAPILARIZAÇÃO DE DISTRIBUIÇÃO

O ministro citou que há uma contínua ação para a capilarização do acesso aos medicamentos. Citou, por exemplo, o Rio de Janeiro, onde foram estabelecidos 57 pontos de distribuição, envolvendo hospitais, UPAs e unidades do Corpo de Bombeiros. No Rio Grande do Sul, são 978 pontos, pelo menos 1 em cada Município. Em São Paulo, 224 pontos de distribuição: AMAs, hospitais, Núcleos de Assistência Farmacêutica, Núcleos Regionais de Saúde. No Paraná, a secretaria estadual está repassando os medicamentos para 22 centros regionais de saúde que se encarregam de fazer chegar aos pontos de distribuição.

TRATAMENTO PARA CRIANÇAS

O ministro chamou atenção para um artigo publicado ontem no British Medical Journal, uma revisão de tudo o que foi estudado sobre o vírus da influenza A (H1N1) e o efeito dos dois medicamentos para combater a doença — o osetalmirir e o zanamivir — , em crianças com menos de 12 anos. O estudo demonstrou que, em crianças até 12 anos, existe um pequeno e curto benefício do seu uso na influenza sazonal, com baixo efeito, na exacerbação da asma ou no uso de antibióticos, e apresentando sérios problemas de efeitos colaterais. Para o H1N1, esses dados têm de ser confirmados, mas isso desencadeou, por exemplo, na Inglaterra, uma grande discussão sobre a segurança e critérios de uso.

ÓBITOS

O ministro alertou para a existência de algumas análises equivocadas sobre taxa de óbitos. Ele lembrou que não é possível utilizar o número total de óbitos no Brasil e tentar fazer um ranking a partir dos casos confirmados. Isso porque, no mundo, hoje, não se confirmam mais casos leves da doença. Se deixo de contar as pessoas que estão contraindo a doença e conto apenas o número de óbitos, evidentemente crio uma distorção brutal”, disse. A análise correta, explicou, é a taxa de mortalidade, ou seja, o número de óbitos por 100 mil habitantes. A Argentina, por exemplo, com 338 óbitos registrados, tem uma taxa de mortalidade de 0,84%; o Chile, de 0,61%; e os Estados Unidos, com 436 óbitos, uma taxa de mortalidade de 0,14%. No Brasil, está sendo divulgado nesta terça-feira o número de 192 óbitos confirmados, com uma taxa de mortalidade no País de 0,09%. O México tem uma taxa de mortalidade de 0,05%. Ou seja, esses números mostram que a taxa de mortalidade no Brasil está na média de outros países e abaixo da apresentada pelos Estados Unidos, pelo Chile e pela Argentina, por exemplo.

GESTANTES

Do total de óbitos registrados até o momento no Brasil, 28% são de gestantes, 14,5% do total. Temporão enfatizou que outras 107 gestantes que adquiriram o novo vírus foram curadas: evoluíram bem, receberam alta e não tiveram complicação maior. O ministro apresentou dados da pasta que demonstram que 30% das gestantes que foram a óbito apresentaram pelo menos um fator de risco adicional, o que contribuiu para uma evolução ruim do caso. “Quero chamar atenção de que, desde o início, o protocolo do MS determina que o antiviral seja dado às grávidas mesmo que o estado de saúde não esteja grave, de acordo com avaliação médica. O protocolo recomenda atenção especial às grávidas, independentemente do período de gestação”, afirmou o ministro.

VACINA

O Brasil produzirá a vacina no Instituto Butantan, em São Paulo. “Somos um dos poucos países em desenvolvimento que possui estrutura fabril, estrutura técnico-científica”, disse Temporão. Segundo ele, como o Butantan não terá condições estruturais fabris de atender a toda a demanda do Brasil, será feito um mix de compra: a vacina pronta de alguns laboratórios e a produção do instituto.

DESAFIOS

Dos desafios atuais, o ministro considera que o principal deles é atender o aumento da demanda em busca de atenção médico-hospitalar. Nesse momento, a conduta — Governo, secretários, gestores, Parlamentares, mídia — deve ser fortemente focada na educação, na informação de qualidade e na orientação. O ministro considerou que alguns Estados estão lançando mão de alternativas interessantes, como hotlines e serviços 0800, para orientar as pessoas e capilarizando a rede de atendimento.

FONTE: http://www.saude.gov.br/

terça-feira, 11 de agosto de 2009


Hoje, uma amiga de trabalho, cardiopediatra, me mostrou uma reportagem da Revista da TV de domingo passado que é bastante preocupante.

A atriz Kássia Kiss, cuja atuação profissional respeito muito, fez esta lamentável declaração sobre tratamento de amigdalite:

"São 18h de sexta-feira e a atriz está preocupada com o seu caçula. Pedro Miguel, de 5 anos, está com amidalite e foi passar o fim de semana na casa do pai.
- É fácil enfiar um antibiótico nele para resolver? É! Acho que 99,99% das pessoas ligam para o pediatra, pedem o remédio e ficam confiantes de que a criança vai ficar bem no dia seguinte. Mas se você quiser encontrar um caminho de fortalecer a condição física do seu filho, você não vai dar o antibiótico. Você vai passar o dia lavando a garganta dele com água quente e sal, vai botar acelga na testa para baixar a febre, cebola no ouvido para tirar o catarro - dá a receita, em tom de brincadeira."


A reportagem pode ser lida na íntegra no site do O Globo .


No Brasil, muitas crianças têm Febre Reumática por tratamento inadequado de amigdalite estreptocócica... e muitas delas se tornam cardiopatas para o resto da vida, com limitações.

Não poderíamos deixar passar em branco este comentário. Nós pediatras reforçamos que o uso de antibióticos não deve ser indiscriminado. Cabe ao médico indicá-lo.

Mas temos a obrigação de ressaltar a importância do uso de antibiótico, idealmente Penicilina Benzatina injetável, diante de amigdalite estreptocócica. Precisamos prevenir a Febre Reumática!

Uma pessoa pública como Kássia Kiss, deveria ter consultoria antes de ter declarações como esta publicadas... Afinal, a repercussão de suas palavras sobre o público leigo pode ser bastante problemática.

Aproveito para divulgar o PREFERE (Programa de Prevenção da Febre Reumática), do Instituto Nacional de Cardiologia de Laranjeiras (INCL), coordenado pela Dra Regina Muller. Acesse o site do INC e, na página principal, clique em Febre Reumática (parte mais inferior da página) para ter maiores informações.

Conheça, divulgue e trate seus pacientes com responsabilidade.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

As dez piores epidemias

Epidemias são mistérios que assolam a humanidade há longa data.
No site How Stuff Works pode-se conhecer mais sobre elas através do artigo "As dez piores epidemias".
Se você se interessa pelo assunto, deixo aqui uma sugestão de leitura inicial.

domingo, 9 de agosto de 2009

Gabarito para trabalhos acadêmicos

Não tenho, mas li uma propaganda sobre um CD-ROM lançado pela Editora Diretiva chamado Teoria e Prática da Pesquisa Científica.

Além de conteúdo teórico sobre pesquisa ele traz um software de gabarito de monografia e trabalhos semelhantes, pelas normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Acho que isto é um sonho de consumo para muita gente.

No site tem um pequeno vídeo de demonstração. O software tem uma interface semelhante à do Word, com recursos para formatar folha de rosto, sumário, citações, referências bibliográficas e etc. Achei muito interessante e acho que vale a pela clicar aqui para conferir.

Mas reforço que não tenho o material. Caso alguém já conheça ou tenha este produto, agradeço se puder deixar um comentário aqui com sua avaliação.

Ainda, na navegação para editar esta postagem, achei um manual para elaboração de trabalhos científicos no blog na UNISINOS (RS), já baseado nas normas da ABNT de 2009 e atualizado em julho deste ano. Também pode ser útil para quem estiver fazendo Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC).

Feliz Dia dos Pais

Ao meu pai, ao meu marido, ao meu sogro (neste ano em outro plano...) e a todos os "pais de verdade", deixo esta singela homenagem colocada por Bruno no You Tube há um ano.

Esta música do Fabio Júnior é uma declaração de amor das mais bonitas que já ouvi.

Acho que, eternamente, vou me emocionar todas as vezes em que escutá-la. Lembrando do que temos e tivemos, do que planejamos e não ocorreu... lembrando da nossa vida juntos! E da arte deste encontro mágico.

Feliz Dia dos Pais!