Cientista concluiu mestrado aos 63 anos e doutorado aos 68
DA REPORTAGEM LOCAL
Folha de são Paulo, 21 de abril de 2009
Alessandro Barghini é conhecido por seus colegas como um competente técnico, especialista em planejamento energético. Mas o italiano de forte sotaque, na verdade, graduou-se em ciência política.
Depois de se diplomar na Universidade de Roma em 1964, Barghini começou a trabalhar no setor energético. "Era preciso ganhar a vida", disse ele à Folha no Instituto de Eletrotécnica e Energia da USP, onde é consultor.
O trabalho o levou a diversos lugares do mundo para planejamento de eletrificação e acabou por afastá-lo da vida acadêmica. Ironicamente, foi motivado por observações em suas viagens que ele decidiu voltar a fazer pesquisa.
"Quando eu resolvi voltar à escola, já estava com 60 anos", conta o pesquisador, que concluiu o mestrado em 2003 com o bioantropólogo Walter Neves, da USP. Sua dissertação foi sobre antropologia física e origem da agricultura.
Esse não era, porém, o assunto que o motivara a voltar à academia. Barghini queria mapear o impacto cultural e sanitário da iluminação artificial em comunidades remotas e colocar em bases científicas aquilo que observara durante toda a sua vida profissional.
"Quando resolvi fazer o doutorado [em 2004], me senti suficientemente preparado para entrar na área médica", conta. Após publicar o estudo sobre mosquitos da malária, Barghini conduziu uma pesquisa de fôlego coletando várias espécies de inseto e concluiu sua tese de doutorado sobre a influência da luz artificial na vida silvestre, aos 68 anos. (RG)
DA REPORTAGEM LOCAL
Folha de são Paulo, 21 de abril de 2009
Alessandro Barghini é conhecido por seus colegas como um competente técnico, especialista em planejamento energético. Mas o italiano de forte sotaque, na verdade, graduou-se em ciência política.
Depois de se diplomar na Universidade de Roma em 1964, Barghini começou a trabalhar no setor energético. "Era preciso ganhar a vida", disse ele à Folha no Instituto de Eletrotécnica e Energia da USP, onde é consultor.
O trabalho o levou a diversos lugares do mundo para planejamento de eletrificação e acabou por afastá-lo da vida acadêmica. Ironicamente, foi motivado por observações em suas viagens que ele decidiu voltar a fazer pesquisa.
"Quando eu resolvi voltar à escola, já estava com 60 anos", conta o pesquisador, que concluiu o mestrado em 2003 com o bioantropólogo Walter Neves, da USP. Sua dissertação foi sobre antropologia física e origem da agricultura.
Esse não era, porém, o assunto que o motivara a voltar à academia. Barghini queria mapear o impacto cultural e sanitário da iluminação artificial em comunidades remotas e colocar em bases científicas aquilo que observara durante toda a sua vida profissional.
"Quando resolvi fazer o doutorado [em 2004], me senti suficientemente preparado para entrar na área médica", conta. Após publicar o estudo sobre mosquitos da malária, Barghini conduziu uma pesquisa de fôlego coletando várias espécies de inseto e concluiu sua tese de doutorado sobre a influência da luz artificial na vida silvestre, aos 68 anos. (RG)
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