terça-feira, 15 de setembro de 2009

Cuidados Paliativos em Pediatria

"Um dia, pronto, me acabo
e seja o que Deus quiser
Morrer, que me importa,
o diabo é deixar de viver."
(Mário Quintana)


Gosto muito deste quadro: sutil, belo e pleno. Ele representa a angústia dos pais diante da proximidade da morte da filha e o médico que, sem ter "nada a fazer", CUIDA: quando faz companhia, quando reflete, quando mostra compaixão, quando percebe que é "gente" e não Deus...
O cuidado está ao alcance de todos e é, muitas vezes, o melhor "tratamento".
A pediatria tem mudado muito: há muito mais crianças com doenças crônicas do que antes, quando estas "não vingavam". Há cada vez mais equipamentos que mantêm "vivas" crianças que nunca puderam saber o que é VIDA.
Precisamos discutir tudo isto: eutanásia, distanásia, ortotanásia... São assuntos e dúvidas que permeiam o nosso dia-a-dia.
Falar de morte em pediatria, de tão anti-natural, parece proibido.
Mas, como nos preparmos e prepararmos os futuros médicos para lidar com estas questões?
Não dá para fugir destas angústias quando se trabalha com crianças, em especial em unidades de saúde de alta complexidade, como é o Hospital Geral de Bonsucesso. Lá, temos pensado e discutido sobre este assunto. E, no preparo para uma destas reuniões, que será nesta semana ainda, encontrei um texto interessante, do Jornal de Pediatria de 2003: Uma "boa" morte em UTI pediátrica: é isso possível?

Fica como sugestão de leitura, para quem quiser... Esteja à vontade para comentar, debater...

Encontrei também um blog interessante: o Blog da Academia Nacional de Cuidados Paliativos.

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