sexta-feira, 24 de julho de 2009

Gripe Suína - Pandemia H1N1 2009, 4a nota da OMS (de 24 de julho de 2009)

Informações preliminares importantes para entender a evolução da situação

Hoje, 24 de julho de 2009, em Genebra, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou sua 4a nota para que possamos entender a evolução desta pandemia de gripe suína. Abaixo, seguem as informações principais que resumi. Se quiser ler o relatório original, clique aqui.

O número de casos humanos de pandemia de 2009 pelo H1N1 continua aumentando substancialmente em muitos países, mesmo naqueles afetados há algum tempo. Nosso entendimento sobre a doença evolui a medida que o número de países afetados aumenta, que a propagação da doença nos países já afetados se amplia, e que a informação é compartilhada a nível global. Nos muitos dos países em que a transmissão encontra-se sustentada a investigação mudou de estágio: a realização de testes é feita apenas em doentes mais graves e a vigilância epidemiológica concentra seus esforços na monitorização da doença para entender e relatar suas tendências. Esta mudança tem sido recomendada pela OMS porque a medida que a pandemia avança, a monitorização da atividade da doença é feita melhor através do estudo de tendências do que através investigações de cada doente individualmente, cujo custo torna-se insustentável para a nação, sem trazer maiores benefícios. A determinação de quais os grupos de pessoas que estão sob maior risco de doença grave e que medidas podem ser tomadas para melhor protegê-las continua sendo uma prioridade absoluta.

Além das informações de vigilância, tem sido dada especial atenção aos resultados oriundos de pesquisas e de estudos clínicos, além de outros dados fornecidos diretamente pelos países através de teleconferências frequentes sobre dados clínicos, virológicos e aspectos epidemiológicos da pandemia, para se obter uma visão global da situação evolutiva.

A idade média dos casos vem aumentando

Na maioria dos países, esta pandemia tem acometido predominantemente pessoas mais jovens, com idade média relatada de 12 a 17 anos (com base em dados do Canadá, Chile, Japão, Reino Unido e os Estados Unidos da América). Alguns relatórios sugerem que o grupo de pessoas que vem necessitando de internação e que vem apresentando doença fatal possa ser ligeiramente mais velho. À medida que a doença se expande largamente nas comunidades, a idade média dos casos parece estar aumentando ligeiramente. Isso pode refletir a situação de muitos países onde os primeiros casos ocorreram na forma de surtos em escolas, mas posteriormente foram aparecendo outros focos na comunidade. Alguns aspectos desta pandemia têm padrões diferentes da gripe sazonal, em que a doença fatal ocorre mais frequentemente em indivíduos idosos (> 65 anos). No entanto, a imagem completa da epidemiologia desta pandemia ainda não está totalmente clara porque em muitos países ambos os vírus, o da gripe sazonal e desta pandemia 2009, encontram-se circulando concomitantemente e a pandemia continua em fase relativamente precoce do seu desenvolvimento. Embora os fatores de risco para doença grave nesta pandemia não estejam totalmente definidos, fatores já imaginados tais como doenças cardiovasculares, doenças respiratórias, diabetes e câncer atualmente já estão definidos. Asma e outras formas de doenças respiratórias têm sido consistentemente relatadas como condições subjacentes associadas com um risco aumentado de doença grave nesta pandemia em vários países. Dados mais recentes apontaram também para obesos e mulheres grávidas como grupos de maior risco de doença mais grave. Alguns relatórios preliminares sugerem que o risco poderá ser maior também em algumas populações minoritárias, mas o potencial de contribuições de fatores de risco culturais, econômicos e sociais ainda não estão claros.

Situação da Vacina

A disponibilidade de vacinas contra o vírus H1N1 desta pandemia está prevista para setembro nos Estados Unidos.

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