A internet é o novo foco do Ministério da Saúde para as campanhas de prevenção da aids. A preocupação é fruto dos resultados da pesquisa divulgada na quinta-feira sobre o comportamento sexual do brasileiro. Os dados mostraram que 7,3% dos entrevistados mantiveram relações sexuais com pelo menos um parceiro conhecido pela internet. O estudo mostra ainda que o número de relações eventuais cresceu nos últimos anos, mas caiu o uso de preservativo.
Ter relações sexuais com pessoas conhecidas pela internet é uma prática mais comum na população entre 15 e 24 anos, segundo a pesquisa. Enquanto 10,5% dos entrevistados nessa faixa etária afirmaram ter feito sexo com parceiros que conheceram pela rede, só 1,7% das pessoas entre 50 e 64 anos afirmou ter feito o mesmo. Ainda assim, o ministério não pretende deixar essa faixa etária de fora de suas campanhas na rede. "Você pensa que a vovó está fazendo crochê? Não, ela está na internet", afirmou o ministro da Saúde, José Gomes Temporão.
Diante dessa nova realidade, o ministério decidiu acompanhar alguns sites para detectar tendências de comportamento e, em alguns casos, usar essa mídia para fazer campanhas. "Não é nosso papel fiscalizar, interferir. Não queremos fazer diagnósticos dos sites, mas verificar oportunidades, para, se necessário, inserir informações", disse a coordenadora do Programa de DST-Aids, Mariangela Simão. Segundo ela, tal estratégia vem sendo usada com sucesso. "Em um dos sites, ajudamos a preparar um concurso, inserimos informações. Vamos ampliar essa estratégia".
FONTE: Veja.com, 19 de junho de 2009.
Nenhum comentário:
Postar um comentário