É... nesta semana mais um assunto esteve em destaque: o Currículo Lattes da Ministra Dilma Roussef.
Ou melhor, as "inverdades" de seu currículo.
Infelizmente, as notícias a respeito de nossas lideranças tem me deixado, como diz uma grande amiga, com "vergonha alheia".
Já é vergonhoso qualquer pessoa ter uma atitude desta de falsificar dados do currículo.
Ou melhor, as "inverdades" de seu currículo.
Infelizmente, as notícias a respeito de nossas lideranças tem me deixado, como diz uma grande amiga, com "vergonha alheia".
Já é vergonhoso qualquer pessoa ter uma atitude desta de falsificar dados do currículo.
Mas uma pessoa pública, cuja exposição é inevitável?! Será que se sente "acima do bem e do mal"? Realmente, parece que quer nos fazer de idiotas.
E a última: agora ela diz que não foi ela quem colocou as informações lá. Lógico, pessoas com conduta como esta sempre tem que arranjar um culpado na "cadeia alimentar".
E se você estiver curioso e quiser buscar o currículo na Plataforma Lattes, vai ver que ele não se encontra mais por lá... Não bastava apenas corrigir as "falhas"?
Mas pensando no lado bom, afinal estamos em pleno fim-de-semana, o interessante é que nestas crises surgem sempre algumas coisas interessantes... Parece "Pollyanna" demais? Mas acredito nisto!
E hoje, a Folha de São Paulo, em seu caderno Opinião, em Tendências e Debates, lança uma discussão bem interessante:
É preciso haver maior controle oficial sobre a base de currículos da Plataforma Lattes?
Argumentando a favor do NÃO, quem escreve é Rogério Meneghini, coordenador científico do Programa SciELO de revistas científicas brasileiras, professor titular aposentado do Instituto de Química da USP e membro da Academia Brasileira de Ciências e que foi presidente da primeira Comissão de Avaliação da USP (1993-1997).
A favor do SIM, o comentarista é Roberto Romano, filósofo, professor titular de ética e filosofia política da Unicamp e autor, entre outras obras, de "Moral e Ciência - A Monstruosidade no Século XVIII".
O acesso on line é restrito a assinantes da Folha ou da UOL, mas o jornal está nas bancas para quem se interessar.
Se quiser, deixe aqui a sua opinião: SIM ou NÃO? Por quê?
3 comentários:
Amiga:
Seu comentário vem bem a calhar ... ontem, em cadeia nacional, o nosso ministro de Ciência e Tecnologia veio falar sobre a reunião anual da SBPC, destacando o suposto aumento da produção científica no Brasil e tambem do nº de mestre e doutores.
Isso logo me faz pensar sobre o suposto aumento da cobertura do PSF no Brasil. Já atingimos quase 50% de cobertura da população ... ou será qué é mais correto falar em quase 50%da população cadastrada no PSF - o que não significa, necessáriamente cobertura, qualidade da assistência, acesso a saúde, etc, etc, etc ...
O aumento da produção científica vem acompanhada de um aumento da qualidade? Ou será que é um aumento quantitativo, do famoso "pra ingles ves". Talvez não seja necessário um maior controle oficial sobre a base de currículos ... isso é uma questão ética e de caráter. Mas precisamos pensar na qualidade (da produção científica, da assistencia, da educação, de vida .....)
Beijos
Monica, parabéns pelo seu blog.
Sou convicto de que deve haver um maior controle na base Lattes. Já sofri na carne. O professor Castñon da UFJFora ministrava uma disciplina na UFF. Meu aluno de doutorado Claudio Leal fazia a disciplina, por opção dele. Não por minha recomendação. Castañon enviou artigo para uma revista com sede na Europa. O artgo utilizava resultados da pesquisa que Caludio e eu faziamos. Ele usou meu nome como co-autor e a revista por me conhecer fez o contato depois de o artigo ter sido publicado. Mostrei o problema para a revista. Fui ao CNPq reclamar de que Castañon incluiu o artigo no Lattes. Recebi como resposta que nada poderiam fazer. Portanto, fica a pergunta se é assim no meio acadêmico como fica a situação no meio político que faz uso da plataforma Lattes?
Queridos amigos,
Obrigada pelos comentários.
Sei que há argumentações bem convincentes, tanto para o SIM como para o NÃO.
Mas eu também acho que a principal questão é o caráter das pessoas e isto não se resolve assim tão fácil.
Pessoas sem caráter sempre arrumam maneiras de burlar as regras e os controles.
Estamos na era da troca, da transparência e da construção colaborativa do conhecimento. E acho que, quanto maior for a transparência, mais difícil fica, por exemplo, um roubo de propriedade intelectual.
A Plataforma Lattes pode evoluir, como vem fazendo, em busca de facilitar esta transparência. Por exemplo, como fez ao abrir espaço para colocar o link do artigo ao que o autor se refere.
Acho que a tecnologia pode ajudar o controle e que diante da apresentação de um currículo numa seleção, por exemplo, a verificação da veracidade dos fatos seja rigorosa, assim como a punição para os que não forem éticos.
A certificação digital vinculada à Plataforma Lattes talvez trouxesse benefícios. Pelo menos ninguém mais poderia dizer que não foi o próprio responsável pelas informações ali colocadas.
Mas o importante é discutirmos... por isto reforço meu agradecimento pela colaboração de vocês.
Postar um comentário