Cientista brasileiro que desenvolveu a interface cérebro-máquina, Miguel Nicolelis defende a reestruturação do ensino superior para atrair os jovens
Estruturar os diversos departamentos de uma universidade do mesmo modo que o funcionamento do cérebro humano. Esse é o pensamento do neurocientista Miguel Nicolelis, apontado pela revista americana Science como um dos dez mais importantes cientistas do mundo.
Em recente debate na cidade de São Paulo, Nicolelis expôs seu conceito ao dizer como está montado o Instituto Internacional de Neurociência de Natal Edmond e Lily Safra, criado por ele em um dos lugares mais pobres do Brasil e chamado de A Cidade do Cérebro, onde tudo está interligado, junto, sem barreiras, sem divisões.
"As universidades não podem mais ter departamentos que não falam entre si. O cérebro não funciona assim. Então, vale a pena criar estruturas que se assemelham ao funcionamento do cérebro", explicou. (...)
Em recente debate na cidade de São Paulo, Nicolelis expôs seu conceito ao dizer como está montado o Instituto Internacional de Neurociência de Natal Edmond e Lily Safra, criado por ele em um dos lugares mais pobres do Brasil e chamado de A Cidade do Cérebro, onde tudo está interligado, junto, sem barreiras, sem divisões.
"As universidades não podem mais ter departamentos que não falam entre si. O cérebro não funciona assim. Então, vale a pena criar estruturas que se assemelham ao funcionamento do cérebro", explicou. (...)
"A elite americana valoriza mais uma educação universitária de alto nível como legado para os seus filhos. Já a academia brasileira não é aberta à sociedade. Quando isso acontecer, o Brasil mudará". Mudança, aliás, é algo que o neurocientista acredita ser necessário para a evolução do ensino superior brasileiro, particularmente da ciência.
"A universidade tem de se reestruturar para atrair os jovens, temos de criar mecanismos para acelerar a formação de cientistas. Nossas instituições não acompanham a velocidade das mudanças." Para ele, os jovens cientistas precisam ter mais apoio, inclusive para ganhar experiência no exterior ao participar de redes científicas internacionais e com isso obter uma melhor visão de mundo. " (...)
Reportagem de Luciano Velleda.
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